Encontrada faca utilizada por gémeas que mataram bebé recém-nascida em Corroios
Rafaela e Inês Cupertino foram acusadas de ter matado a filha recém-nascida de Rafaela. As gémeas de 25 anos foram detidas em abril do ano passado
A arma do crime utilizada por Rafaela e Inês Cupertino para matarem a filha recém-nascida de Rafaela foi encontrada no apartamento das gémeas, em Corroios, no Seixal, na cozinha na gaveta dos talheres.
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As irmãs terão lavado e guardado a faca, explicou a inspectora da PJ responsável pela investigação do caso, durante a primeira sessão de julgamento das arguidas.
O julgamento começou esta sexta-feira, dia 18 de janeiro, no Tribunal de Almada. As duas jovens não tiveram presentes na audiência devido à greve dos guardas prisionais.
Terão sido os cortes de 6,5 centímetros no peito do bebé que permitiram as autoridades compreenderem que a arma do crime tratava-se de uma faca de cozinha.
Do parto em casa ao cadáver da bebé num saco do plástico
Rafaela Cupertino deu à luz em casa no dia 10 de abril de 2018. Mãe de dois filhos gémeos, engravidou e escondeu a situação de toda a gente, menos da irmã. Teve a criança em casa, e matou-a com uma facada no coração. Ainda antes, tentou tapar a boca à bebé. Não o conseguindo, optou por concretizar o homicídio com uma facada.
Após a facada, foi a irmã da homicida quem a ajudou a colocar o corpo da recém-nascida num saco de plástico. O objetivo seria o de se desfazerem do corpo do bebé.
Foi Inês, a irmã gémea, quem ajudou no parto, que acabou por correr mal. Rafaela teve uma hemorragia, Inês chegou a suturá-la e as duas mulheres foram obrigadas a chamar ajuda, ligando ao marido de Rafaela. Foi este que, chegando a casa e vendo o cenário de crime, chamou o 112. Desta forma, o plano de esconder o cadáver foi descoberto e as duas acabaram por ser detidas.
O bebé já morto foi levado para a morgue do Garcia da Horta, o mesmo hospital para onde também foi a mãe. Ao Correio da Manhã, na altura, os familiares garantiram que não sabiam da gravidez os vizinhos asseguram que Rafaela era uma boa mãe para os gémeos. O pai das crianças não se encontrava em casa à hora do crime, já foi ouvido pela PJ, e não foi considerado suspeito.
A PJ continua a investigar o crime e as razões para a homicida ter escondido a gravidez ainda não são claras.
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