Feira do Livro de Lisboa começa hoje com “maior oferta de sempre”
A 93.ª edição da Feira do Livro de Lisboa começa hoje, no Parque Eduardo VII, com o que a organização descreve como a “maior oferta de sempre”, no que é um regresso às datas tradicionais entre maio e junho.
Apesar de forçada a “manter o mesmo espaço do ano passado”, devido à preparação da Jornada Mundial da Juventude, como disse o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Sobral, na apresentação à imprensa da Feira do Livro de Lisboa, o evento vai contar com a “maior oferta de sempre”. Hoje, por exemplo, há assinaturas de autógrafos por Isabela Figueiredo, José Milhazes, Alice Vieira e João Pedro George, entre muitos outros. Outro destaque da edição deste ano vai para o Plano Nacional de Leitura (PNL), representado pela primeira vez na Feira do Livro de Lisboa e com programação diária.
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“Abrimos um consultório de leituras para leitores e não leitores, dos 0 aos 100. Todos os elementos da equipa PNL, incluindo a comissária e a subcomissária, vão sugerir livros para diversos estados de alma. Os que nos visitarem no auditório poente da Feira, entre as 18:00 e as 19:00, nos dias úteis, terão direito a um momento de diálogo, um poema para lerem e ouvirem e um folheto com sugestões de livros de ficção, não ficção e infantojuvenis”, revelou o PNL, em comunicado, esta semana. Este ano, a Feira do Livro de Lisboa terá 139 participantes, mais de 980 chancelas editoriais e os mesmos 340 pavilhões da edição de 2022. Para esta edição, são esperados também “muito mais escritores” e “mais autores internacionais do que no ano passado”, afirmou o presidente da APEL, que tem verificado um aumento da “proatividade nos escritores, que dizem ‘quero estar’ na feira”, em vez de simplesmente esperarem pelos convites-
Plano Nacional de Leitura representado pela primeira vez na Feira do Livro de Lisboa e com programação diária
Pedro Sobral espera, por isso, que este ano aumente o contacto com escritores e a afluência, que em 2022 se situou entre os 770 mil e os 790 mil visitantes. Esta expectativa está diretamente ligada ao crescimento do mercado do livro, que se tem verificado desde 2021, e que no final do primeiro trimestre deste ano estava nos 12%. “Além da recuperação [pós-pandemia], há uma alteração nos hábitos de leitura. Portugal é dos países com piores índices de leitura, mas há um crescente interesse na compra de livros para leitura própria”, quando, tradicionalmente, a maioria dos livros comprados eram para oferta, indicou o responsável. Pedro Sobral adiantou que está a ocorrer um “movimento de novos leitores, na faixa dos 18 aos 30 anos, muito alavancado pelas redes sociais”. A Hora H mantém-se, mas os horários da feira vão sofrer uma ligeira alteração: em vez de fechar às 00:00, passa a fechar às 22:00, nos dias de semana, e às 23:00 às sextas-feiras, sábados e vésperas de feriado. Ao fim de semana, o horário de abertura é às 11:00, enquanto à semana a feira abre às 12:30.
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