Fenprof entrega carta subscrita por 3.000 docentes do 1.º ciclo por melhores condições

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) vai entregar hoje no Ministério da Educação uma carta subscrita por mais de 3.000 docentes que pedem “respeito, cumprimento de promessas e resolução de problemas”.

Fenprof entrega carta subscrita por 3.000 docentes do 1.º ciclo por melhores condições

Redução do número de alunos por turma, respeito pelos horários de trabalho, eliminação das tarefas burocráticas e administrativas e o fim do processo de municipalização são algumas das 12 reivindicações apontadas no texto. Na carta que a Fenprof entrega hoje à tutela, os professores chamam a atenção para o agravamento das condições de trabalho “já de si complexas” em consequência da pandemia de covid-19. “Para este agravamento contribuíram, entre outros aspetos, a não redução do número de alunos por turma, o envelhecimento da classe docente, o aumento para a idade da aposentação e o desrespeito pelos horários de trabalho”, consideram.

Vistos ‘gold’: Investimento captado em abril sobe 16,6% para 59,7ME
O investimento captado através dos vistos ‘gold’ subiu 16,6% em abril, em termos homólogos, para 59,7 milhões de euros, de acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (… continue a ler aqui)

Para resolver esses e outros problemas, a Fenprof quer que sejam abertos vários processos negociais para discutir igualmente a redução para 22 horas da duração semanal da componente letiva, em que deve ser integrado todo o trabalho desenvolvido com os alunos. Pedem também a dispensa total da componente letiva aos 20, 25 e 30 anos de serviço, a dispensa da componente letiva para a realização de ações de formação contínua obrigatória e a alteração do atual modelo de atividades de enriquecimento curricular. Por outro lado, os docentes do 1.º ciclo querem ver aprovado um regime de aposentação que considere “o elevado desgaste físico e psíquico provocado pelo exercício continuado da profissão”, a definição de regras claras quanto à distribuição dos professores pelas escolas, a criação de bolsa de docentes para substituições em caso de ausências de curta duração e a inclusão de, pelo menos, um docente na direção dos agrupamentos.

Docentes do 1.º ciclo querem regime de aposentação que considere “o elevado desgaste físico e psíquico provocado pelo exercício continuado da profissão”

“Estas exigências não podem deixar de ser consideradas e devem ser motivo para a abertura urgente de um amplo debate sobre a reorganização deste nível de ensino”, defendem. Na carta, os professores referem ainda o compromisso eleitoral do PS quanto aos professores em monodocência para encontrar forma de possibilitar que desempenhem outras atividades que garantam o aproveitamento das suas capacidades profissionais, sem contrariar a convergência dos regimes de idade da reforma. “Até hoje, o Governo não apresentou qualquer proposta para concretizar esse compromisso, que parece ter sido usado apenas com fins eleitoralistas”, lê-se.

Impala Instagram


RELACIONADOS