Filho de Rosa Grilo tem arma oferecida por António Joaquim. «A GNR pediu para eu esconder aquilo»
A revelação é feita por Júlia Grilo, irmã do triatleta. É ela quem tem tomado conta de Renato, de 13 anos
Na sequência do envolvimento físico que terá acontecido entre Américo Pina e Júlia Grilo, a irmã do triatleta faz mais revelações. Desta feita, a mulher que neste momento toma conta de Renato, filha de Rosa e Luís Grilo, afirma que o adolescente tem na sua posse uma arma, oferecida por António Joaquim, amante de Rosa.
A revelação terá acontecido na tarde desta terça-feira, dia 26, numa ocasião em que Júlia e Américo discutiam. O pai de Rosa Grilo terá mudado a fechadura da casa de Rosa e Luís e o menino não conseguia entrar. Gerou-se a discussão e Renato, de 13 anos, terá revelado possuir uma arma.
A jornalista do programa Linha Aberta, que entrevista Júlia e Américo, confronta a mulher e diz que o menino terá apontado uma arma ao avô, mas Júlia desmente.
«O menino tinha uma arma que a GNR viu, que tinha fulminantes. Essa arma estava lá em casa, mas não fui eu que lha comprei. Agora sei quem lha comprou, foi o senhor António Joaquim, numa feira em Grândola», conta a irmã do triatleta. A GNR pediu para eu esconder aquilo e o avô acabou por dizer à GNR que o menino já sabia lidar com armas», reitera a mulher.
Júlia, que luta neste momento pela guarda parental do menino, diz que que seja o Ministério Público a tratar do dinheiro que Renato virá a receber caso a mãe seja condenada.Para dia 3 de abril está marcada uma nova audiência relativamente às responsabilidades parentais.
Júlia, que a início defendia Roda, diz que no início foi «muito criticada». «Recebi cartas anónimas e mensagens no Facebook a chamarem-me tudo. Só que a partir do dia 16 de dezembro, aquele malfadado dia, ela revelou-se. Foi quando ela me disse para eu fechar a empresa… e o ódio e raiva que ela tinha a falar do meu Luís era tanto que eu quando olhei para a cara dela eu não conhecia aquela Rosa», diz a mulher-
Já sobre a condenação da filha e ao mesmo programa, Américo Pina diz: « tudo pode ter acontecido mas eu não acredito que ela tenha mexido em armas… Que tenha dado tiros».
Ministério Público acusa Rosa Grilo e António Joaquim da morte do triatleta Luís Grilo
No essencial está indiciado que a arguida, casada com a vítima, iniciou relacionamento amoroso extraconjugal com o coarguido, tendo ambos combinado e planeado tirar a vida àquele, mediante o uso de arma de fogo, o que fizeram, entre o fim do dia 15.07.2018 e o início do dia seguinte, no interior da residência do casal”, refere uma nota publicada na página da internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
Segundo a PGDL, o MP requereu o julgamento, em tribunal coletivo, com júri, contra os dois arguidos – Rosa Grilo e o amante António Joaquim – pela prática, em coautoria, de crimes de homicídio qualificado agravado, profanação de cadáver e detenção de arma proibida.
Luís Grilo, de 50 anos, residente na localidade das Cachoeiras, concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, desapareceu em 16 de julho de 2018. O corpo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição, mais de um mês após o desaparecimento, no concelho de Avis, distrito de Portalegre, a mais de 130 quilómetros da sua casa.
O cadáver do triatleta foi encontrado perto de Alcôrrego, num caminho de terra batida, junto à Estrada Municipal 1070, por um popular que fazia uma caminhada na zona e que alertou o posto de Avis da Guarda Nacional Republicana (GNR) para esta ocorrência.
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