Uma doença mental crónica e sem cura, atestada por dois peritos psiquiátricos, poderá fazer com que Miguel Cintra, filho do antigo presidente do Sporting José de Sousa Cintra, não seja condenado a uma pena de prisão pelos crimes de homicídio na forma tentada, uso e porte de arma sob efeito de álcool e incêndio, para além de dano e coação. O Ministério Público admitiu nesta quarta-feira, 13 de outubro, a inimputabilidade do arguido, durante as alegações finais do julgamento.

«Doença crónica permanente e irreversível»

A procuradora do MP admite que a doença mental impediu que o arguido, de 52 anos, tivesse consciência dos seus atos, sugerindo que este seja tratado em ambulatório, sendo o internamento suspenso na sua execução. Sofia Gomes, a médica psiquiátrica que o está a tratar, confirmou que Miguel Cintra sofre de “uma doença crónica permanente e irreversível” e que sem medicação “pode descompensar”. O advogado Rogério Alves pediu a restituição do arguido à liberdade, já que está em prisão domiciliária com pulseira eletrónica.

O filho de Sousa Cintra disparou 30 vezes contra uma máquina e o respetivo condutor. Três dias depois voltou a atirar contra outra máquina e homem que a conduzia. Dois dias mais tarde, tentou incendiar a casa de dois vizinhos, com recurso a três depósitos de gasolina. Miguel Cintra mostrou-se arrependido e pediu desculpa.

LEIA AINDA
Mulher partilha marido com mãe e irmã: «É assim que o mantenho feliz»

Siga a Impala no Instagram