Filmagens audiovisuais em Lisboa geram retorno de mais de 150 ME numa década
Numa década, Lisboa acolheu a rodagem de mais de 800 produções de cinema, audiovisual e fotografia, com orçamentos de gastos superiores a 150 milhões de euros na cidade, revelou hoje a Lisboa Film Commission.
Numa década, Lisboa acolheu a rodagem de mais de 800 produções de cinema, audiovisual e fotografia, com orçamentos de gastos superiores a 150 milhões de euros na cidade, revelou hoje a Lisboa Film Commission. Os dados são revelados pela Lisboa Film Commission, por estar a assinalar dez anos de existência “no propósito de agilizar autorizações e procedimentos envolvidos nos pedidos de filmagens”, de produtoras portuguesas e estrangeiras na cidade.
Em comunicado, a estrutura municipal revela que o apoio dado a produções cinematográficas, audiovisuais e fotográficas totalizou mais de 3,5 milhões de euros em isenções de pagamento de taxas, espaços e equipamentos municipais. As mais de 800 produções ocuparam 15.000 dias de rodagem e filmagens em Lisboa, cujos orçamentos com gastos na cidade foram superiores a 150 milhões de euros, refere a LFC.
A Lisboa Film Commission foi criada em 2012 pela autarquia para acompanhar aquele tipo de produções, “desde o início da sua rodagem até à estreia em festivais de cinema ou numa sala comercial”.
Segundo esta estrutura, 2022 regista uma tendência de crescimento no número de filmagens e as sessões fotográficas em Lisboa, próximo dos valores anteriores à pandemia da covid-19, “com destaque para as coproduções internacionais”. Os dados mais recentes indicam que em 2021 a LFC recebeu 551 pedidos de produções na capital, quando em 2020 – ano de maior impacto da pandemia – foram 423 pedidos.
Em 2019, foram contabilizados 711 pedidos de filmagens e sessões fotográficas.
No ano passado, a maioria dos pedidos dizia respeito a filmagens de publicidade, para marcas como Volkswagen, Heineken, McDonald’s, Zara, Hermés, IKEA, Aldi, Iberdrola, Airbnb, entre outras.
Entre as produções mais recentes rodadas em Lisboa contam-se alguns episódios da quinta temporada da série espanhola “La Casa de Papel” (2020), a comédia indiana “Jab Harry Met Sejal” (2017), de Imtiaz Ali, o filme “A promessa” (2016), de Terry George, e ainda as obras “Toda a Gente Gosta de Jeanne” (2022), de Céline Deveaux, e “Heart of Stone”, de Tom Harper, protagonizado por Gal Gadot, que só se estreará em 2023.
Em Portugal existem pelo menos dez ‘film commission’, estruturas que agilizam e facilitam a presença de produções cinematográficas e audiovisuais, em particular produções estrangeiras, e algumas trabalham em estreita relação com as entidades regionais de turismo e com as direções regionais de Cultura.
Desde 2019 existe ainda a Portugal Film Commission (PFC), uma estrutura de missão criada pela tutela da Cultura para “promover sinergias entre as indústrias criativas e o turismo e dar visibilidade a Portugal como destino internacional de produção de filmagens”. Em articulação com a PFC, foi criado também o Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema (FATC), com um sistema de incentivos à produção de cinema e audiovisual e à captação de filmagens internacionais para Portugal.
Este fundo vai estar dotado de 14 milhões de euros em 2023, mais dois milhões do que este ano, segundo a proposta de Orçamento do Estado (OE).
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