Forte anti-piratas cabo-verdiano em reabilitação para integrar circuito turístico
O Forte de São Veríssimo, que defendia de piratas a Cidade Velha, património mundial da humanidade, em Cabo Verde, começou a ser reabilitado para futura musealização e entrar no circuito turístico, disse hoje à Lusa fonte oficial.
A presidente do Instituto do Património Cultural (IPC), Ana Samira Baessa, avançou que as obras arrancaram nas estruturas envolventes do monumento, nomeadamente nos muros com vista para o mar, para depois passar para o interior.
Nessa fase, prosseguiu, serão concluídos os trabalhos arqueológicos, musealização da estrutura interna, reposição das peças na sua posição original, nomeadamente os canhões, iluminação, criação de acessibilidades e introdução de conteúdos.
A presidente do IPC previu a conclusão dos trabalhos ainda durante o primeiro semestre deste ano. “É uma obra rápida”, sublinhou Samira Baessa.
Orçado em cerca de 30 mil euros, o projeto de reabilitação é cofinanciado pelo Governo de Cabo Verde, através do Fundo do Turismo, e pelo Fundo Africano do Património Mundial (AWHF, na sigla em inglês).
A dirigente institucional disse que as obras arrancaram com a parte do financiamento do Governo e que o valor do Fundo Africano “já está despachado” e que está à espera que esteja disponível nas contas da instituição “a qualquer momento” para a execução dos trabalhos técnicos.
Segundo o IPC, a Fortaleza de São Veríssimo “está prestes a conquistar um lugar de destaque no mapa do roteiro turístico da Cidade Velha, graças às obras de reabilitação e musealização”.
O Forte de São Veríssimo, à entrada da Cidade Velha, foi construído possivelmente nos finais do século XVI (1590) e terá sido inicialmente uma plataforma de tiro, sendo uma das várias estruturas de defesa dos constantes ataques dos piratas ao sítio.
A reabilitação do monumento está enquadrada no projeto maior de requalificação urbana e ambiental da Cidade Velha, que vai trabalhar todo o aspeto paisagístico do sítio, no município da Ribeira Grande de Santiago, classificado como património mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 2009.
Primeira capital do arquipélago de Cabo Verde, até 1770, a Ribeira Grande de Santiago, a 12 quilómetros da Cidade da Praia, foi elevada a cidade em 1533, altura em que contava com cerca de 500 habitantes, um quarto dos atuais.
RIPE // JMC
By Impala News / Lusa
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