FOTOS | Marcelo Rebelo de Sousa no Velório de José Mário Branco
A família de José Mário Branco despede-se pela última vez do músico e compositor, falecido aos 77 anos. Marcelo Rebelo de Sousa marca presença no velório
O velório de José Mário Branco começou ao final da tarde desta quarta-feira, 20 de novembro, no salão nobre da Voz do Operário, em Lisboa. Marcelo Rebelo de Sousa foi dos primeiros a chegar ao local.
Visivelmente emocionado, o Presidente da República fez questão de prestar a sua última homenagem ao artista, um dos mais importantes autores da música portuguesa, em particular no período da Revolução do 25 de Abril de 1974.
Marcelo deu um abraço sentido ao filho de José Mário Branco, Pedro, e ao neto, o ator Diogo Branco, que ontem dedicou ao avô um texto emotivo nas redes sociais.
«Profunda admiração»
«Difícil expressar-me nesta manhã cinzenta… perco um Avô, mas todos perdemos um artista, um cantor, compositor, um homem que fez tanto pela cultura (e não só) do nosso país e que deixa connosco o fruto do seu trabalho que será certamente eterno».
«Profunda admiração… cantou, numa das minhas músicas preferidas dele, “nunca mais te hás-de calar, ó Zeca, para nós, canta sempre sem parar, que é seiva e flor, a tua voz.” A tua voz cantará para sempre meu querido avô…» O funeral de José Mário Branco realiza-se na quinta-feira, dia 21, às 17h30, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
José Mário Branco faleceu esta terça-feira, dia 19 de novembro, aos 77 anos. O álbum mais emblemático do artista foi «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades».
Foi compositor e produtor da maioria dos álbuns do fadista Camané. «Resistir é Vencer» foi o seu álbum mais recente, lançado em 2004. A notícia da sua morte foi avançada pela RTP.
José Mário Branco foi um dos maiores nomes da música portuguesa de intervenção na altura do Estado Novo. O cantor e autor aderiu ao PCP [Partido Comunista Português], foi perseguido pela PIDE e viu-se obrigado a sair de Portugal em 1963 e foi viver para Paris, França. Em 1971 lançou então o seu álbum mais célere, «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades».
Só em 1978, quatro anos depois da Revolução de 25 de abril, é que José Mário Branco regressa à terra natal. Além da música, o cantor passou também pelo teatro.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Paula Alveno
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