Fundo Global anuncia 642 ME contra HIV/sida, tuberculose e malária em Moçambique
O Fundo Global anunciou hoje seis novas subvenções financeiras no valor de cerca de 774 milhões de dólares (642 milhões de euros) para combater HIV/sida, tuberculose e malária em Moçambique e para construir sistemas de saúde resilientes e sustentáveis.
Os apoios vão cobrir o período 2021-2023 e “servem para expandir o acesso aos serviços de prevenção do HIV, tuberculose e malária, especialmente junto das populações mais vulneráveis”, anunciou o Fundo Global, em comunicado.
A verba representa “um aumento de 49% em relação ao ciclo de alocação anterior” e é o resultado “de um processo de diálogo e concessão de doações rigoroso e inclusivo”
As subvenções serão implementadas pelo Ministério da Saúde, Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Centro de Colaboração em Saúde (CCS) e World Vision International.
O apoio do Fundo Global na luta contra o HIV, tuberculose e malária em Moçambique remonta a 2004, totalizando dois mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros).
Segundo a instituição, o apoio já ajudou a alcançar “uma redução de 29% no número de mortes relacionadas à sida no país, entre 2006 e 2019”.
O novo acordo pretende expandir os serviços de prevenção para 2,1 milhões de jovens mulheres, inclui novas iniciativas e mais testes de HIV para população-chave.
Segundo um relatório do Ministério da Saúde moçambicano relativo a 2019, 73% das pessoas com HIV tinham sido diagnosticadas, 59% destas estavam em tratamento, mas só 32% atingiram a supressão viral.
Os valores colocam Moçambique longe do objetivo global de atingir as percentagens 90-90-90 em cada um daqueles patamares.
No que respeita à tuberculose, o apoio do Fundo Global permitiu que em 2019 um total de 95.100 pessoas fossem tratadas e objetivo é agora aumentar a cobertura do tratamento “de 60% em 2019 para 80% em 2023”.
Quando à malária “entre 2007 e 2019, as mortes em pacientes internados diminuíram 87%”, apesar de Moçambique continuar entre os cinco países do mundo com mais casos de malária.
Mark Edington, chefe de Gestão de Subsídios do Fundo Global, elogiou hoje os “esforços notáveis” de Moçambique na luta contra as três doenças e disse esperar “trabalhar em estreita colaboração” com todas as entidades para atingir as metas ambiciosas dos novos subsídios.
Armindo Tiago, ministro da Saúde de Moçambique, reafirmou o compromisso do Governo em fortalecer o setor, para que as doações hoje recebidas “sejam usados de forma eficaz e responsável”.
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