Gaia. Menino de 4 anos amarrado com lençol a uma cadeira na creche. Mãe fez queixa na polícia
Chegada ao Jardim Infantil O Filhote, onde o menino estava desde os sete meses, Lucas terá contado à mãe o sucedido.
Foi na segunda-feira, dia 2 de março, que Cristina Montenegro, mãe de Lucas, de apenas 4 anos, ouviu da boca do filho que este tinha estado amarrado a uma cadeira, com um lençol, porque não quis dormir a sesta na creche que frequentava.
Chegada ao Jardim Infantil O Filhote, onde o menino estava desde os sete meses, Lucas terá contado à mãe o sucedido.
“Dirigi-me de imediato à gerência e falei com a educadora, Sandra Ribeiro. Ela admitiu logo. Disse que foi um momento de desespero, pois estava sozinha com mais 43 crianças. Caiu-me tudo”, conta-nos, acrescentando que a filha de oito anos assistiu a tudo.
“Ela admitiu que o tinha amarrado a uma cadeira na sala onde dormem os meninos, mas o meu filho diz-me que esteve numa sala sozinho”, refere ainda.
Perante os factos, e depois de a gerência “achar normal”, Cristina dirigiu-se à rua e de lá chamou a polícia. “A educadora não quis dar a cara e quem apareceu foi a gerência. Também a polícia desvalorizou”.
Lucas continuou a ir à escola, no entanto, Cristina Montenegro dirigiu-se à esquadra para formalizar a queixa, documento a que o nosso site teve acesso. Mas esta terça-feira, dia 10, o caso culminou com uma nova queixa contra o menino, já recorrentes. Cristina, que todas as manhãs deixa ali o menino desde os 7 meses, diz que só começou a ter problemas há cerca de um ano, quando “a nova educadora chegou”.
“O meu filho tem umas cinco fichas de ocorrência por ser violento. Eu sei que ele é uma criança difícil, irrequieto e impulsivo, mas também sei que tem 4 anos. E ainda me disseram: ‘Se tem tantas queixas leve daqui o seu filho que nós agradecemos.’ Ele em casa não é violento”, conta-nos a mãe.
“O meu filho foi posto de parte”, lamenta a mãe, Cristina.
Menino está a ser seguido por um psicólogo
Por sugestão da educadora, a mãe de Lucas procurou ajuda uma vez que desconfiavam que o menino pudesse sofrer de hiperatividade.
“O meu filho está a ser seguido pela psicóloga no Hospital de Gaia. Fomos à médica por sugestão desta educadora. Já tivemos duas consultas e ainda não é conclusivo, mas a médica acha que ele não tem nada e que é demasiado novo”, revela ao Portal de Notícias.
Entretanto, Lucas já tem vaga noutra creche e a mãe garante que vai até à última instância para defender o filho e evitar que o ato “de maus-tratos se repita”.
O nosso site entrou em contacto com o Jardim Infantil O Filhote, mas da parte da gerência, ninguém tem “declarações a fazer”.
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Texto: Marta Amorim | Fotos: Dr
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