Governo vai avançar com requisição civil na greve dos motoristas

Devido ao incumprimento dos serviços mínimos na greve dos motoristas, o Governo vai avançar com a requisição civil.

Governo vai avançar com requisição civil na greve dos motoristas

Devido ao incumprimento dos serviços mínimos na greve dos motoristas, o Governo vai avançar com a requisição civil. O anúncio foi feito num Conselho de Ministros realizado ao final da tarde desta segunda-feira, 12 de agosto, primeiro dia de greve.

«A perturbação do funcionamento dos serviços mínimos é gravosa», começa por afirmar o Secretário de Estado da Presidência de Ministros, Tiago Antunes. Por esta razão, o Governo decidiu avançar com a requisição civil. «Hoje, no turno da tarde, os sindicatos e trabalhadores não asseguraram os serviços mínimos fixados.» Esta greve causou distúrbios no abastecimento no aeroporto de Lisboa. «Das 119 viagens de abastecimento previstas, apenas 25 foram realizadas até às 16 horas de hoje.» Há ainda postos de emergência sem combustível no Algarve, região mais afetada por esta paralisação. «O Governo não teve alternativa se não o de reconhecer a necessidade de recorrer à requisição civil», explica Tiago Antunes.

António Costa falou, esta segunda-feira à tarde, ao país sobre a paralisação dos motoristas, no Palácio de Belém, depois de um encontro que durou mais de uma hora com o Presidente da República.  O primeiro-ministro revelou que se «tem verificado uma situação de incumprimento dos serviços mínimos», apesar de durante a manhã a situação se encontrar «estável».

Situação agravou-se no início da tarde

O primeiro-ministro revelou em conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, no Palácio de Belém, depois de um encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, que, durante a manhã, a situação encontrava-se «estável», com a maioria das empresas a cumprirem os serviços mínimos, pelo que não havia necessidade de requisição civil. Por essa razão, o conselho de ministros foi desmarcada. No entanto, «a partir das 14h30, a situação mudou». «Tem-se verificado uma situação de incumprimento dos serviços mínimos», afirmou Costa, revelando ainda que a situação mais grave se regista na região do Algarve. «No aeroporto de Lisboa, o número de cargas que está a ser feito também está aquém do expectável», alertou.

António Costa explicou que a requisição civil vai ser «exclusivamente a quem está a violar os serviços mínimos, a alguma região do país ou a um determinado tipo de serviço (por exemplo, abastecimento de aeroportos)».

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