Hong Kong vai proibir cigarros eletrónicos em locais públicos até meados de 2026

Hong Kong vai proibir a posse e utilização de cigarros eletrónicos em espaços públicos até meados de 2026 devido às implicações para a saúde dos jovens residentes, disseram as autoridades da região semiautónoma chinesa

Hong Kong vai proibir cigarros eletrónicos em locais públicos até meados de 2026

“Para proteger os nossos jovens, acreditamos que é altura de proibir o uso de cartuchos de cigarros eletrónicos”, disse no domingo o secretário para a Saúde, Lo Chung-mau, na televisão.

“Começaremos por legislar contra a posse e o uso [de cigarros eletrónicos] ao ar livre”, acrescentou Lo. “Quando todos se habituarem [à proibição], vamos implementá-la em todos os lugares”, acrescentou

O anúncio foi feito quase três anos depois de o território do sul da China ter proibido a importação, fabrico e venda de cigarros eletrónicos e produtos de tabaco aquecido.

Segundo a lei de Hong Kong, qualquer pessoa que importe cigarros eletrónicos pode enfrentar até sete anos de prisão e uma multa de dois milhões de dólares de Hong Kong (250 mil euros). Fabricantes e vendedores correm o risco de apanhar até seis meses de prisão.

Também a região vizinha de Macau proibiu, em 2022, o fabrico, distribuição, importação, exportação e transporte na entrada e saída do território de cigarros eletrónicos.

O Governo justificou as alterações à lei com “as fortes evidências de que este tipo de produto do tabaco é não só prejudicial à saúde, como também a utilização pode pôr em risco a segurança das pessoas”, lembrando que aumentou o consumo de cigarros eletrónicos, sobretudo entre os jovens.

Desde 2015, o consumo de cigarros eletrónicos entre os jovens com idades entre os 13 e os 15 anos aumentou “de 2,6% para 4%”, de acordo com dados revelados em maio de 2022 pelo diretor dos Serviços de Saúde de Macau.

Ou seja, sublinhou Alvis Lo Iek Long, já há mais jovens a usar cigarros eletrónicos do que os tradicionais (2,1%).

A lei prevê sanções aos infratores no valor de quatro mil patacas (462 euros), sendo que, no caso de entidades, pode ser aplicada uma multa entre 20 mil patacas (2.310 euros) e 200 mil patacas (23.100 euros).

Apesar da proposta ter sido aprovada por unanimidade, durante o debate na Assembleia Legislativa, vários deputados sustentaram que Macau deveria ir mais longe e avançar também com a proibição total do uso de cigarros eletrónicos.

A então secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, confirmou que o Governo ponderava proibir mais tarde o uso de cigarros eletrónicos, após dar “algum tempo” aos fumadores que possam “ter ainda alguns em stock”.

Trinta e cinco países, incluindo Taiwan, proibiram a venda de cigarros eletrónicos, informou a Organização Mundial de Saúde em 2024.

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By Impala News / Lusa

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