Humanidade esgota em 1 de agosto recursos do Planeta para 2024
A Humanidade vai esgotar em 1 de agosto os recursos naturais que a Terra tem capacidade para renovar durante este ano, segundo cálculos da organização internacional para a sustentabilidade Global Footprint Network.
De acordo com a organização, a humanidade vai usar em sete meses o que a Terra demora 12 meses a regenerar. Comparativamente com 2023, o esgotamento dos recursos – que marca o Dia da Sobrecarga da Terra – será antecipado em um dia em 2024.
Tal deve-se, em parte, a uma ligeira redução nas emissões de carbono que é sobrecompensada por um nível menor de sequestro de carbono pelos oceanos, segundo uma nota da Global Footprint Network, divulgada na véspera do Dia Mundial do Ambiente.
Portugal esgotou em 28 de maio os seus recursos deste ano e começou a usar os de 2025, de acordo com a mesma organização. Ao longo das décadas, a pegada ecológica e de carbono dos seres humanos aumentou gradualmente, ao mesmo tempo que a biocapacidade da Terra, ou seja, a sua capacidade de regenerar recursos, diminuiu significativamente.
Um dos problemas apontados recentemente é o da extração de recursos naturais, que triplicou em cinco décadas. Isto levou a que o Dia da Sobrecarga da Terra chegasse cada vez mais cedo, passando de 30 de dezembro de 1970. No ano pandémico de 2020, retrocedeu um significativamente de 29 de julho para 22 de agosto. Em relação a 28 de julho de 2022, a tendência era de estagnação e não de progresso.
Como surgiu o Dia da Sobrecarga da Terra que indica o esgotamento dos recursos naturais
O conceito do Dia da Sobrecarga da Terra – Earth Overshoot Day, em Inglês – foi concebido pela primeira vez por Andrew Simms, do think tank britânico New Economics Foundation, que se associou à Global Footprint Network em 2006 para lançar a primeira campanha global do Dia da Sobrecarga da Terra. A WWF, maior organização conservacionista do mundo, participa do Dia da Sobrecarga da Terra desde 2007.
No Dia Mundial do Ambiente, António Guterres instou os países a cumprirem compromissos de recuperação de ecossistemas e terrenos degradados e a agirem para travar e inverter a desflorestação até 2030.
O aquecimento causado pelo homem atingiu entretanto a média de 1,19 graus Celsius na última década (2014-2023) acima dos níveis pré-industriais, o que se traduz num aumento a um ritmo sem precedentes, atingindo aproximadamente 0,26 graus por década.
Statista
Siga a Impala no Instagram
