Humorista abandona atuação em Nova Iorque por causa de Harvey Weinstein
Harvey Weinstein é acusado de vários crimes de assédio, abuso sexual e tentativa de violação.
A humorista norte-americana Kelly Bachman abandonou, na quarta-feira, 23 de outubro, um bar de comédia, em Nova Iorque, depois de ter criticado a presença, entre a audiência, do produtor Harvey Weinstein, envolvido num escândalo de assédio sexual.
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De acordo com a CNN, Kelly Bachman aproveitou o tempo de atuação no espaço Downtime Bar, para confrontar o produtor, dizendo que tinha obrigação de revelar que estava «um elefante na sala», um «Freddie Krueger» (personagem do filme ‘Pesadelo em Elm Street’), tendo sido vaiada e mandada calar por algumas pessoas da audiência.
Segundo descrição do canal de televisão, uma mulher que estava a assistir ao espetáculo exigiu que Harvey Weinstein saísse da sala, mas foi ela e a humorista que acabaram por abandonar o espaço. À revista Variety, Kelly Bachman explicou que, por ter sido já vítima de assédio sexual por três pessoas, se sentiu na obrigação de confrontar Harvey Weinstein.
Produtor começa a ser julgado em janeiro
O produtor norte-americano, de 67 anos, começará a ser julgado em janeiro acusado de vários crimes de assédio, abuso sexual e tentativa de violação. Afirmando-se inocente, Harvey Weinstein considera que todos os encontros sexuais em que se envolveu foram consentidos.
À CNN, um porta-voz de Harvey Weinstein disse que o produtor estava apenas com amigos e a «tentar encontrar algum consolo num momento em que a vida ficou de pernas para o ar. Aquela cena foi desnecessária, grosseira e é um exemplo de como o processo [judicial] está a ser trucidado pelo público».
Esta semana, a atriz Rose McGowan, uma das vozes que estiveram na origem das denúncias de assédio sexual na indústria cinematográfica dos Estados Unidos, e que deu origem ao movimento de denúncia #Metoo, apresentou uma queixa na justiça alegando que Harvey Weinstein e dois dos advogados dele fizeram uma campanha de intimidação para a calar.
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