IGAS abre processo a médica que assistiu grávida que perdeu bebé nas Caldas da Rainha
A Inspeção Geral da Saúde admite que a médica de ginecologia/obstetrícia que assistiu a grávida que em junho perdeu o bebé no Hospital das Caldas da Rainha pode ter “violado os deveres funcionais” e recomendou um processo disciplinar.
A Inspecção-Geral de Actividades em Saúde (IGAS) instaurou um processo disciplinar e recomendou ao Centro Hospitalar do Oeste a instauração de um outro processo disciplinar à médica que assistiu a grávida que perdeu o bebé no hospital das Caldas da Rainha no passado dia 9 de Junho. Em comunicado, a IGAS diz que, devido à natureza do vínculo laboral da médica (contrato individual de trabalho) não tem essa competência e, por isso, recomendou ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) E.P.E. a abertura de um processo disciplinar.
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Contudo, explica, “a peritagem médica realizada pelo médico especialista nomeado pela IGAS não conclui, de forma clara e segura, pela existência de possível nexo de causalidade entre a atuação da médica assistente hospitalar e o desfecho que veio a ocorrer”.
A Inspeção Geral da Saúde diz ainda que abriu um processo disciplinar à trabalhadora que, de início, entre as 01:00 e as 01:15 do dia 09 de junho, recusou a inscrição da grávida “sem ter solicitado ao médico em funções como ‘chefe de banco’ a avaliação do estado clínico da utente”. “A mesma só seria admitida e observada no Serviço de Urgência, na sequência de uma intervenção dos trabalhadores do CODU [Centro Operacional de Doentes Urgentes] realizada à 01:44 junto desse responsável”, acrescentou a IGAS.
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