Investigadores criam biossensores descartáveis para deteção precoce do Alzheimer
Investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) estão a desenvolver, no âmbito de um projeto transfronteiriço, biossensores descartáveis que, através da identificação de potenciais biomarcadores associados ao Alzheimer, visam detetar precocemente a doença.
Investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) estão a desenvolver, no âmbito de um projeto transfronteiriço, biossensores descartáveis que, através da identificação de potenciais biomarcadores associados ao Alzheimer, visam detetar precocemente a doença.
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“Este dispositivo permitirá atuar na prevenção da doença. Ainda não existem terapias para retardar a progressão da doença, mas dos sintomas sim e esta ferramenta será útil nessa situação”, disse, em declarações à Lusa, Felismina Moreira do BioMark, um grupo de investigação do ISEP.
O projeto, lançado em 2019 e desenvolvido no âmbito do programa transfronteiriço INTERREG, pretende desenvolver técnicas de diagnostico e tratamento para doenças neurológicas associadas ao envelhecimento.
Nesse sentido, os investigadores do ISEP estão a trabalhar no desenvolvimento de biossensores para a doença de Alzheimer, sendo que o objetivo é que este dispositivo seja semelhante ao da glicose.
“A novidade deste trabalho é desenvolver uma tecnologia barata, minimamente invasiva [através de uma picada] e com rápida resposta. Trata-se de uma solução inovadora porque, neste momento, não existe nenhum dispositivo deste género no contexto clínico”, assegurou Felismina Moreira.
O dispositivo, cuja interface será desenvolvida com base em nanomateriais, permitirá detetar potenciais biomarcadores associados à doença e, assim, auxiliar os médicos a “detetar precocemente e atuar no sentido de prescrição de terapias, evitando a progressão rápida da doença”.
“A grande vantagem é que o clínico poderá utilizar no local e na hora. É um dispositivo fácil de usar e barato, com um custo de produção de cerca de um euro”, referiu.
À Lusa, a investigadora adiantou estar, neste momento, a trabalhar no dispositivo de modo a que dele se obtenha um diagnóstico “mais preciso e mais confiável”.
O projeto, que termina em 2022 e é liderado pelo ISEP, tem como parceiros a Universidade de Santiago de Compostela, Universidade de Vigo, Universidade de Valladolid, Fundacíon Centro de Cirugía de Mínima Invasión Jesus Usón, Qubiotech Health Intelligence SL, Lincbiotech, SL, Universidade do Minho, Universidade de Coimbra e Fundación Instituto de Investigación Sanitaria de Santiago de Compostela.
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