Irmã de Luís Grilo apanhou o amante em casa de Rosa depois da morte do triatleta

Os familiares dos detidos e de Luís Grilo não querem acreditar no crime hediondo cometido. Rosa Grilo é acusada de matar o marido a tiro com a ajuda do amante, António Joaquim

Entre os familiares do triatleta e dos homicidas, ninguém que acreditar que Rosa Grilo e António Joaquim tenham matado Luís Grilo. A irmã do triatleta, que deu ontem entrevistas à SIC, diz que punha as mãos no fogo pela cunhada.

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Ainda estou a dirigir. Ainda tenho esperança que ela [Rosa] me diga que é mentira. Vamos ver, porque gosto muito da Rosa e nunca pensei que ela fosse fazer uma coisa dessas”, disse.

“Sei que ela é assim, porque cheguei a vir ter com ela, já depois de o meu Luís morrer e ela tinha a cara inchada de tanto chorar sozinha e, no entanto, lavava a cara, saía para a rua e ficava sempre impecável”, afirma em lágrimas, justificando o facto de Rosa não ter ido de preto ao funeral.

Sobre António Joaquim, o oficial de justiça acusado de ser amante de Rosa e de ser cúmplice do homicídio de Luís Grilo, Júlia recorda-se agora de já o ter visto em casa da homicida.

Vim cá uma vez à noite, já depois do meu Luís ter desaparecido, e quando entramos estava cá um senhor que disse que era pai de um amiguinho do meu ‘neto’ [sobrinho]. E ele tinha muita paciência com ele, embora não tivesse com o filho, ele estava com o meu ‘neto’ no computador”, conta a irmã de Luís.

Desvalorizando esta visita numa altura em que as buscas ainda se mantinham, voltou a encontrar um homem lá em casa uns dias depois.

Só agora, e após o JN revelar a identidade do homem, Júlia consegue perceber que era António.

“Passado uns dias, quando bati à porta e entrei estava cá o senhor outra vez, também sem o filho. Só ele, com o meu neto. Ela [Rosa] estava na cozinha, e eu aí já fiquei de pé atrás, mas nunca me passou pela cabeça que ela viesse a fazer uma coisa destas”, revela.

Pai de Rosa inconsolável

Américo Pina, pai da alegada homicida, também falou.

Tenho de defender a minha filha. Se for culpada, cometeu algum erro, mas eu tenho de lhe dar apoio, porque se ela for culpada, ainda está viva e tem um filho para criar e eu já vou estar velho. Tenho que ver se ela consegue ficar em condições de tratar do filho”, disse, em lágrimas.

Os detidos serão presentes, esta sexta-feira, a primeiro interrogatório judicial, no qual serão sujeitos à aplicação das medidas de coação processual adequadas.

Américo, que não conseguiu falar com a filha desde que esta foi presa, diz que se vai dirigir a tribunal, esta sexta-feira,  para tentar perceber o rumo do processo.

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