Irmãos arriscam chumbar de ano por não usarem máscara por questões de saúde

Os dois irmãos apresentaram atestados médicos que os dispensam da utilização de máscara e/ou viseira. Ainda assim, diretor proibiu-os de entrar no estabelecimento.

Irmãos arriscam chumbar de ano por não usarem máscara por questões de saúde

Dois alunos estão proibidos de entrar na Secundária de Ramada, em Odivelas, por se recusarem a usar máscara devido a questões de saúde. De acordo com o Correio da Manhã, Nádia e Guilherme,  de 12 e 15 anos, sofrem de doença respiratória e apresentaram atestados médicos que os dispensam da utilização de máscara. Ainda assim, estão impedidos de frequentar este estabelecimento de ensino por ordem do diretor. Duas semanas depois de terem sido enviados para casa, o Ministério da Educação continua em silêncio.

“Isto é verdadeiramente desumano. Os meus filhos são alunos dedicados e já atingiram o limite de faltas a algumas disciplinas”, explica Vera Matos, mãe dos jovens. Os menores não têm qualquer tipo de apoio por parte da escola, que se recusou, inclusive, a dar acesso aos conteúdos das aulas. “Se não fossem os colegas a enviar cópias dos resumos, estariam sem qualquer apoio”, diz a mãe ao mesmo jornal.

Situação já começou a afetar saúde mental

Guilherme confessa que começa a sentir dificuldades em dormir. “Tenho medo de chumbar o ano. Estou a ficar em stress, psicologicamente não tenho andado bem”, explica. Já Nádia, a mais nova, sente-se perdida. “Estou com muito medo e não acho justo o que estão a fazer comigo e com o meu irmão”.

Perante a inacessibilidade do diretor da escola, Vera avançou para o Tribunal Administrativo com uma intimação para proteção de direitos, liberdades e garantias. Exige o regresso imediato dos filhos à escola. “Estão em causa direitos fundamentais, como o direito à educação e ao ensino, que lhes vedados”, começa por dizer o advogado da família, João Pedro César. Além disso, explica que também foi feita queixa contra o Ministério da Educação e contra o diretor da escola. Além disso, também foi feita queixa contra a técnica da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens que se recusou a aceitar a queixa dque Vera quis entregar na sede de Odivelas.

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