Livre vota moção que exige saída de Joacine do Parlamento
«Recuperar o Livre, resgatar a política», é uma moção subscrita por cinco apoiantes do partido.
O Partido Livre vai votar, no próximo dia 19 de janeiro, uma moção de censura à sua deputada Joacine Katar Moreira que pede que a deputada renuncie às suas funções e, caso isso não aconteça, lhe seja retirada a confiança política. «Recuperar o Livre, resgatar a política», é uma moção subscrita por cinco apoiantes do partido, número mínimo exigido no regulamento do partido para que as moção sejam votadas no congresso.
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«Heis-nos chegados a um ponto em que as causas defendidas pelo LIVRE parecem não conseguir sobrepor-se ao ruído constante provocado pelos faits divers mais estapafúrdios; em que o coletivo parece soçobrar numa desmedida exposição mediática do indivíduo; em que o partido se arrisca a ver a sua própria sobrevivência posta em causa. Assim sendo, no caso de a deputada não se dispuser a renunciar às suas funções, o LIVRE não tem outra alternativa a não ser retirar-lhe a confiança política», pode ler-se no site do partido.
No mesmo texto disponível no site do partido, pode ler-se uma análise crítica ao trabalho do partido desde o início da legislatura, sublinhando que «a eleição de uma deputada encheu todos os LIVREs de entusiasmo e esperança», uma vez que seria possível dar a conhecer os «valores defendidos» pelo partido. No entanto, «não foi assim que as coisas se passaram».
«É verdade que o LIVRE começou a ser mais conhecido dos portugueses, mas não pelas razões que pretendíamos. O LIVRE ficou conhecido, é hoje conhecido, devido às peripécias, atribulações e polémicas internas em que se viu envolvido de Outubro até hoje, o que conduziu à degradação da imagem pública e da credibilidade do partido», continua o texto onde faz referência à falta de articulação e entendimento entre a deputada e o partido, as várias declarações feitas à comunicação social e as palavras de Joacine Katar Moreira sobre ter vencido as eleições sozinha, menosprezando o papel do partido.
Texto: Joana Ferreira
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