Luís tinha 21 anos e morreu após ser espancado em Bragança. Ainda ninguém foi preso

A polícia identificou dois suspeitos e Luís ficou internado no Hospital de Santo António dez dias com graves ferimentos, até que acabou por falecer na madrugada de dia 31.

Luís tinha 21 anos e morreu após ser espancado em Bragança. Ainda ninguém foi preso
Luis Giovani dos Santos Rodrigues tinha 21 anos e estava em Portugal há menos de dois meses quando foi brutalmente espancado nas ruas de Bragança. Chegara ao nosso país para estudar, sendo natural Mosteiros, na ilha do Fogo, em Cabo-Verde. Frequentava o curso de Design de Jogos Digitais no Instituto Politécnico de Bragança, no campus de Mirandela. Tocava piano na igreja e tinha uma banda de música tradicional cabo-verdiana.
A polícia identificou dois suspeitos e Luís ficou internado no Hospital de Santo António, por dez dias, com graves ferimentos, até que acabou por falecer na madrugada de dia 31.
A agressão terá começado no dia 20 de dezembro, após uma saída à noite, quando Giovani acidentalmente terá esbarrado numa rapariga. O suposto namorado desta deu um empurrão a Luís e aos amigos. Para evitar confusões e aconselhados pelo DJ do espaço, os quatro amigos cabo-verdianos terão esperado cerca de 20 minutos dentro do bar Lagoa Azul, já depois do estabelecimento fechar.
Os agressores terão ido, nesse espaço de tempo, reunir mais pessoas e armas e quando os quatro rapazes saíram da discoteca, uns “300 metros à frente estavam cerca de 15 rapazes em três grupos armados com cintos, ferros e paus”, conta Reinaldo Rodrigues ao Contacto.
“Assim que viraram a esquina para ir para casa, eles caíram todos em cima do amigo mais velho, que está com o corpo cheio de hematomas. O Giovani foi lá pedir para pararem e antes de acabar a frase levou com uma paulada na cabeça”.

 

O auto da queixa apresentada pela família do jovem estudante indica que eram 4:19 quando Giovani deu entrada no hospital, transportado por um veículo do INEM. O Jovem terá sido encontrado inconsciente, com um hematoma na cabeça.

Sem desenvolvimentos quanto aos suspeitos deste crime, o embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, já pediu a clarificação “cabal” das circunstâncias da morte do estudante cabo-verdiano. O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, também já anunciou que está a acompanhar, através da Embaixada em Lisboa, os contornos da “morte brutal” de Luís Rodrigues.

Segundo  comunicado da Embaixada de Cabo Verde, o caso envolvendo o jovem estudante cabo-verdiano “foi encaminhado à Polícia Judiciária para o competente tratamento” e foi ordenada também a realização da autópsia “para se conhecer com precisão a causa da morte”.

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