Mahler e coros de grandes óperas abrem temporada “fora de portas” do Teatro S. Carlos

A 8.ª Sinfonia de Gustav Mahler e grandes coros de óperas de Verdi, Bellini, Wagner e Donizetti constituem os dois primeiros programas da nova temporada do Teatro Nacional de S. Carlos, a cumprir em itinerância pelo país.

Mahler e coros de grandes óperas abrem temporada

A 13.ª Sinfonia de Dmitri Schostakovich, e o Concerto de Natal, com obras de Johann Sebastian Bach e Georg Frideric Handel, anunciados pelo teatro, juntam-se a outras propostas já conhecidas da programação, como o concerto “Amália na América”, as óperas “O Rouxinol”, de Sérgio Azevedo, e “Jenufa”, de Leos Janacek, a opereta “Maria da Fonte”, de Augusto Machado, e os “Madrigais Camonianos”, na abertura de um ciclo que vai assinalar os 500 anos do nascimento do poeta.

O Centro Cultural de Belém (CCB) e o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, o Teatro Nacional S. João, no Porto, o Centro Cultural das Caldas da Rainha são algumas das salas que vão acolher concertos da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) ou do Coro do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), ao longo da temporada, que nos tempos mais próximos também há de passar pelos concelhos de Penafiel, Torres Novas, Mafra, Sintra, Queluz, Alverca e Montijo.

Em Lisboa, a Academia das Ciências, a Igreja de São Roque e os teatros Camões e Tivoli são outros palcos para as formações do TNSC, enquanto o seu edifício, encerrado no início de agosto, se encontrar em obras de requalificação no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A 8.ª Sinfonia de Mahler, conhecida pela “Sinfonia dos Mil”, pelas mais de três centenas de músicos envolvidos na sua interpretação, entre cantores solistas, coralistas e instrumentistas, foi a obra escolhida para a abertura da temporada, no CCB.

Além da OSP, que tem em Antonio Pirolli o maestro titular, a obra exige ainda os coros do S. Carlos, dirigido por Giampaolo Vessella, Lisboa Cantat, por Jorge Alves, e o Coro Infanto-juvenil da Universidade de Lisboa, que tem em Erica Mandillo a sua maestrina.

Esta sinfonia regressa ao repertório do S. Carlos, 30 anos após a primeira e única apresentação portuguesa no Coliseu dos Recreios, quando Lisboa foi a Capital Europeia da Cultura.

A sinfonia será interpretada de novo no CCB, na terça-feira, depois de um concerto inaugural esgotado, no domingo passado. Uma conversa com o musicólogo Rui Campos Leitão antecede o concerto.

A temporada do TNSC continua em Lisboa, a 13 de outubro, no Coliseu de Recreios, com o programa Grandes Coros de Óperas, envolvendo obras de Verdi, Bellini, Wagner, Donizetti, Bizet, Keil e Borodin, pelo Coro do TNSC e a Orquestra Sinfónica Portuguesa.

Segundo a programação do teatro, este concerto terá nas Caldas da Rainha, em 24 de outubro, a primeira etapa de uma viagem que vai atravessar o país.

O CCB, em Lisboa, será ainda palco da Sinfonia n.º 13 de Schostakovich, pela OSP, dirigida pelo maestro Nuno Coelho, em 24 de novembro, e do Concerto de Natal, em 22 de dezembro, com o maestro Antonio Pirolli.

A programação anunciada em agosto adiantava já o concerto “Amália na América”, em 22 de setembro, no CCB, com os fadistas Raquel Tavares, Ricardo Ribeiro e Cristina Branco; o ciclo camoniano, a apresentar em Lisboa, Mafra, Sintra e Torres Novas; a ópera para crianças “O rouxinol”, de Sérgio Azevedo, no Teatro Nacional São João, em 31 de outubro e 01 de novembro; e a opereta “Maria da Fonte”, de Augusto Machado, na abertura do 1.ª Festival Internacional de Artes e Ópera do Porto, em 13 de novembro, no Coliseu do Porto. A ópera “Jenufa”, de Leos Janacek, está anunciada para março, no CCB.

Entre as propostas contam-se ainda, em Lisboa, o cine-concerto para o filme mudo “Der Rosenkavalier” (1926), de Robert Wiene, com a música de Richard Strauss, o musical “Alice no país das maravilhas”, pela Companhia Nacional de Bailado, com música de Tchaikovski, e, no Montijo, um concerto de câmara, com a interpretação de duas versões de “A Ópera de três vinténs”, sob a direção de João Paulo Santos.

A nova temporada foi coordenada pela comissão artística do teatro nacional, com o diretor de estudos musicais, João Paulo Santos, e os maestros titulares da orquestra, Antonio Pirolli, e do coro, Giampaolo Vessella.

A abertura do concurso internacional para novo diretor artístico está prevista para o mês de outubro, disse fonte do TNSC à agência Lusa em julho.

A conclusão das obras de reabilitação está prevista para a segunda metade de 2026. O projeto de conservação, restauro, reabilitação e modernização do teatro conta com um orçamento global de 32,7 milhões de euros.

MAG (SS) // TDI

By Impala News / Lusa

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