Mais de 200 mil idosos com segunda dose de reforço contra a covid-19 administrada

Mais de 200 mil pessoas com mais de 80 anos já receberam uma segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19, adiantou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS), que refere que todos os lares elegíveis já foram visitados para vacinação.

Mais de 200 mil idosos com segunda dose de reforço contra a covid-19 administrada

Mais de 200 mil pessoas com mais de 80 anos já receberam uma segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19, adiantou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS), que refere que todos os lares elegíveis já foram visitados para vacinação. “Mais de 200 mil pessoas acima dos 80 anos, bem como residentes de Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI), já receberam a segunda dose de reforço contra a covid-19. De acordo com os dados registados, até ao final do dia de ontem [sexta-feira], 03 de junho, já tinham sido vacinadas 205.521 pessoas, tendo sido já visitadas todas as ERPI elegíveis”, adiantou a DGS.

Desde 16 de maio, quando se iniciou o processo de administração da segunda dose de reforço para os idosos com 80 ou mais anos e todos os residentes em lares, que os agendamentos estão a ser feitos de forma local, por SMS ou telefone, como noutras fases de vacinação, estando “simultaneamente a ser convocados todos aqueles que ainda não fizeram a primeira dose de reforço e se encontram elegíveis”.

O processo de vacinação decorre nos centros de vacinação ou nos centros de saúde.

“A população elegível para esta segunda dose deve ser vacinada com um intervalo mínimo de quatro meses após a última dose ou após um diagnóstico de infeção por SARS-CoV-2, ou seja, este reforço abrange também as pessoas que recuperaram da infeção”, explica a DGS.

Portugal registou quase 252 mil suspeitas de reinfeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, que representam 5,3% dos 4,7 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia, indica o relatório semanal sobre a evolução da covid-19 do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), divulgado na sexta-feira. De acordo com a autoridade de saúde, 41,3% das suspeitas de reinfeção reportadas entre 90 e 180 dias ocorreram com a linhagem BA.5 da variante Ómicron, que é atualmente dominante no país, sendo responsável por cerca de 87% dos contágios.

Relativamente à pressão sobre os serviços de saúde, o relatório indica uma tendência crescente da ocupação hospitalar por casos de covid-19, com 2.092 internados em 30 de maio de 2022, mais 14% em relação à semana anterior. A faixa etária com maior número de casos internados nas enfermarias dos hospitais de Portugal continental foi a dos idosos com 80 ou mais anos, com 851 doentes hospitalizados na última segunda-feira.

Relativamente aos cuidados intensivos, o número de doentes nessas unidades correspondeu, no início da semana, a 42% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, representando um crescimento face aos 38,8% registados nos sete dias anteriores. “A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,09, indicando uma menor gravidade da infeção quando comparada com ondas de covid-19 anteriores e semelhante à observada desde o início de 2022”, sublinha ainda o documento.

Na segunda-feira, a mortalidade específica por covid-19 estava nos 43,9 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, apresentando uma tendência crescente e que é mais do dobro do limiar de 20 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) para este indicador.

Perante estes indicadores, o INSA e a DGS adiantam que a pandemia “mantém uma incidência muito elevada”, embora com inversão da tendência crescente que se vinha a registar nas últimas semanas. “O impacto nos internamentos e a mortalidade específica por covid-19 mantêm uma tendência crescente” e “deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica, recomendando-se fortemente o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço”, lê-se no relatório.

 

 

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