Manuel Pinho e António Mexia encontraram-se 52 vezes por culpa da EDP
O Ministério Público descobriu que o ministro da Economia, Manuel Pinho, e António Mexia, presidente da EDP, almoçaram 52 vezes entre 2006 e 2009.
O Ministério Público (MP) descobriu que Manuel Pinho e António Mexia almoçaram mais do que uma vez por mês durante os três anos (entre 2006 e 2009), em que o gestor assumiu funções como presidente da EDP e, ao mesmo tempo, Pinho era ministro da Economia. No total, realizaram-se 52 encontros entre os dois arguidos do processo EDP.
A tese da investigação aponta para que estes encontros tenham servido para alinhar os interesses da EDP, do Governo de José Sócrates e de Ricardo Salgado através do Grupo Espírito Santo (GES). Estes almoços fizeram parte do interrogatório feito pelo Ministério Público na semana passada a Manuel Pinho, tendo o ex-político negado todas as suspeitas. É arguido no processo EDP por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais.
MP acredita que Pinho continuou a receber avença
Os procuradores Carlos Casimiro e Hugo Neto passaram a pente fino as agendas de Manuel Pinho e Ricardo Salgado, tendo encontrado as datas, horas e locais dos encontros, sendo que estas reuniões coincidem com decisões importantes sobre o futuro da elétrica nacional. O MP defende que as coincidências temporais sustentam que Pinho continuou a receber dinheiro do “saco azul” do BES para beneficiar Ricardo Salgado, através da EDP, onde o banco tinha mais de 2% do capital. Seis dias após Pinho ter anunciado Mexia como novo presidente da EDP, começaram os encontros entre ambos, que duraram até à saída do ministro.
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Durante o período em que foi ministro da Economia – março de 2005 a julho de 2009 – Manuel Pinho terá recebido do Grupo Espírito Santo (GES) um montante que ascende aos 1,27 milhões de euros. (… continue a ler aqui)
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