Máquina vai triturar 15 mil toneladas de materiais do prédio Coutinho
Uma máquina giratória com um braço de 40 metros vai entrar em ação, dentro de três semanas, para “triturar” mais de 15 mil toneladas de materiais dos 13 andares do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, foi hoje divulgado.
Uma máquina giratória com um braço de 40 metros vai entrar em ação, dentro de três semanas, para “triturar” mais de 15 mil toneladas de materiais dos 13 andares do prédio Coutinho, em Viana do Castelo, foi hoje divulgado. O vice-presidente da VianaPolis, Tiago Delgado, que falava durante uma visita ao local da empreitada de desconstrução do edifício Jardim, explicou que, com a desconstrução do edifício, vão ser retiradas 11.200 toneladas de betão, 2.800 de tijolo, 115 de produtos cerâmicos, 360 de aço, 110 de madeira, 56 de vidro e 32 de alumínio.
Cláudio Costa, da Baltor, empresa responsável pela empreitada, disse ser a primeira obra do género realizada em plena malha urbana em Portugal, destacando que “90% do material que for retirado do edifício” será para reciclagem e posterior utilização na construção de vias de comunicação, ou até no novo mercado municipal de Viana do Castelo, à qual a empresa vai concorrer. O empreiteiro adiantou que dentro de três semanas, quando for iniciada a “desconstrução pesada” do edifício, será utilizada “uma máquina giratória muito grande, a única em Portugal com um braço de 40 metros, que vai começar a fazer a demolição do edifício, piso a piso, triturando a 40 metros de altura”.
Desconstrução vai custar cerca de 1,2 milhões de euros
Conhecido localmente como prédio Coutinho, o edifício Jardim foi construído no início da década de 70 do século passado. Tem a sua desconstrução prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis. O projeto, iniciado quando António Guterres era primeiro-ministro e José Sócrates ministro do Ambiente, prevê para o local a construção do novo mercado municipal. Inicialmente, o projeto da sociedade VianaPolis previa a implosão do prédio, mas a partir de 2018 a desconstrução foi a alternativa escolhida por prever o aproveitamento e a reutilização dos materiais, e causar menos impacto ambiental. A desconstrução vai custar cerca de 1,2 milhões de euros e vai estar concluída em março de 2022.
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