Maria Leal: «O Francisco não é coitadinho nenhum»

Maria Leal respondeu publicamente às acusações do marido, Francisco D’Eça Leal.

Depois de ser emitida a segunda parte da reportagem Vidas Suspensas, um programa da SICMaria Leal quis responder publicamente às acusações que o marido lhe apontou. Francisco D’Eça Leal garante que Elisabete Rodrigues (mais conhecida por Maria Leal), lhe desfez uma herança avaliada em mais de 1 milhão de euros.

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A cantora começa por explicar que quando foi viver com Francisco «ele não tinha absolutamente nada».

«Foi sempre super mimado»

«A mãe do Francisco dava-lhe um ‘x’ por mês. Ele sempre gostou de tudo, foi sempre super mimado. Investiu muito dinheiro na música, muito muito mesmo. Quando digo muito estamos a falar de 20 mil euros. O Francisco diz que comprou uma guitarra mas não foi só uma guitarra. Foram várias: comprou um órgão, comprava microfones, tinha aulas de canto», diz.

«Estão-me a julgar sem ouvir a minha parte»

No decorrer da entrevista, Maria Leal mostrou-se revoltada e injustiçada. A artista acredita estar a ser julgada em praça pública. «Tudo o que eu estou a dizer vai ser provado em tribunal. Eu vim aqui porque estou a ver a minha imagem completamente queimada. Estão-me a julgar sem ouvir a minha parte. Isso é realmente muito feio. É nas instâncias próprias que devemos fazer as coisas e não desta maneira», declara.

«Assumo que a conta foi mal gerida por nós os dois»

Quando questionada acerca do motivo da venda do apartamento de Campo de Ourique , Maria responde: «Nós os dois quisemos vender. O Francisco era o mais interessado». Recorde-se que a habitação foi vendida na módica quantia de 60 mil euros e «à pressa», quando estava avaliada em cerca de 200 mil euros.

Porém, é sabido que Francisco não precisava do dinheiro da venda com urgência, uma vez que a 29 de novembro de 2011 tinha recebido a herança do pai, Paulo Guilherme D’Eça Leal, no valor de 546 mil euros e, desde esse dia, teve acesso à conta.

Contudo, Maria Leal partilhou que «o senhor Francisco tinha um plafond no cartão visa em nome dele de 1500 euros. Além de gastar o que gastava por semana».

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«Se me perguntar se nós os dois gerimos mas as coisas? Claro que sim», diz sem hesitar. «Não vou estar aqui a enganar as pessoas. Assumo que a conta foi mal gerida por nós os dois, sem sombra de dúvidas que foi. Nós não estamos aqui a culpar uma Maria ou um Francisco», acrescenta.

Maria Leal revela também que «ficou a saber através da reportagem que o senhor Francisco emprestou 10 mil euros ao irmão».

As lojas de roupa em Elvas e na Parede: «Foi tudo um investimento»

«O dinheiro era gasto exatamente pelos dois. Tinhamos que ter um meio para ter algum futuro, foi aí que eu abri as duas lojas (na Parede e em Elvas). Foi tudo um investimento. Tudo com o consentimento do senhor Francisco».

Maria Leal garante que sempre apoiou o marido e que os empreendimentos foram pensados em prol dos dois. «O Francisco nunca foi abandonado. É óbvio que nos primeiros tempos que abri a loja tinha que estar lá mais tempo mas o Francisco estava sempre acompanhado com a nossa empregada, sempre, sempre. O Francisco tinha tudo, tinha as compras todas», explica.

Depois de revelar que Francisco tinha por hábito frequentar o casino Estoril, a jornalista Sofia Pinto Coelho confronta a cantora com o facto de não haver registos de gastos no estabelecimento de jogo. Maria Leal responde «Se ele pagar em dinheiro nunca há registos de nada, não é?».

A cantora completou ainda que o marido fazia o queria com o seu tempo livre, sem ter de dar constatemente justificações: «O Francisco nunca esteve isolado de nada, todos os dias ia ao café quando lhe apetecia».

Segundo Francisco D’Eça Leal, a cantora «proíbiu-o» de falar com os amigos e com a sua mãe, Júlia. Maria nega «completamente».

«O senhor Francisco é que nunca queria ver a mãe. Porque é que não fazem essas perguntas à família direta do Francisco? Essas pessoas de certeza absoluta que sabem mais do que eu», afirma.

«O Francisco não é coitadinho nenhum»

«Eu venho aqui pôr a minha verdade, não venho enxovalhar as pessoas porque não faz parte de mim. Estas coisas vão ser todas tratadas em tribunal. O Francisco vai ter que provar que fui eu que fiz estas coisas. Porque fomos nós os dois. O Francisco, graças a Deus, não é coitadinho nenhum. Estava nas condições perfeitas para fazer o que fez. Tanto é que se casou, se não tivesse nas condições perfeitas não se casaria. Se não estivesse no estado normal a mãe já o teria interditado nessa altura», acrescenta.

Apesar das alegadas acusações, Maria garante que lhe disse «muitas vezes para ter cuidado com os gastos» e assume que não eram os seus negócios, mas sim de ambos.

«Eu fiquei sem nada»

Quando a relação chegou ao fim e se deu a separação, Maria Leal afirma «fiquei sem nada». «Na altura tinha dito que queria o divórcio e que nem sequer queria esses 54 mil euros. Neste momento, quero metade daquilo que era nosso», diz assertiva.

Quando questionada se se considerava uma pessoa gastadora, Maria Leal diz segura:

«Não, nunca fui gastadora. Mesmo hoje em dia, quem quiser ver a minha vida não sou nada gastadora. Nem nos meus concertos levo por aí além como as pessoas pensam. Faço uma vida muito recatada, muito muito muito mesmo».

Maria Leal termina destacando: «Vivo da minha profissão, gosto muito daquilo que faço. Lutei muito, estive dois anos sozinha, sem nunca falar mal de ninguém».

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