Quando nasceu, os médicos deram-lhe três dias de vida. Não havia, segundo os especialistas, qualquer esperança para a menina com nanismo severo e osteogénese imperfeita (a chama doença dos ossos de cristal). Nekhidia Harris mostrou que a Medicina nem sempre é uma ciência exata. Esta semana, aos 25 anos, terminou com louvor a licenciatura no Medgar Evers College, nos Estados Unidos da América. «Eu estava incrédula no dia. E ainda estou. Dou graças a Deus todos os dias», disse Nekhidia na cerimónia de entrega dos diplomas.

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Mãe da menina descreve vida de superação

Dasline Harris, mãe de Nekhidia, também discursou na cerimónia. Recordou «uma vida de superação» e os primeiros anos de vida da filha. «Os médicos disseram-nos que nunca viveria mais de três dias. E que, se o conseguisse, nunca teria uma vida autónoma. Recusámo-nos a acreditar. Lutámos para que assim não fosse. Mas a grande heroína é Nekhidia, que mostrou o que é ser resiliente e lutadora. Mesmo nos dias mais difíceis, dizia que queria ter força para inspirar as pessoas que sofrem com problemas graves e que não acreditam que podem ter uma vida feliz», afirmou.

«O meu pai sempre me disse que eu tinha o cérebro do tamanho da minha altura»

Chamada ao palco após o discurso da mãe, Nekhidia respondeu a uma pergunta feita por um colega. «Como conseguiste se, para mim, que nada tenho, foi mais difícil do que para ti?» A jovem, conhecida pelo seu humor, respondeu. «O meu pai sempre me disse que tenho um cérebro tamanho da altura!» (Nekhidia mede 1 metro.) Nekhidia Harris quer agora fazer um mestrado na York College, em Queens. E até já tem agendadas muitas palestras para motivar jovens com dificuldades motoras e cognitivas a ingressarem na universidade.

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