O que é feito de Diogo, o menino do cravo, imagem ícone do 25 de Abril

A imagem do fotógrafo Sérgio Guimarães do menino do cravo na G3 é um dos ícones do 25 de Abril de ’74. O que é feito de Diogo, a criança que calou a arma com a flor símbolo da liberdade?

Há 50 anos, Diogo, o menino do cravo na metralhadora G3, tornava-se num dos símbolos do 25 de Abril. A imagem da criança de três anos de caracóis louros, esticada, a silenciar com a flor símbolo da liberdade a arma da repressão foi registada por Sérgio Guimarães, falecido em 1986. Fotógrafo sobretudo de publicidade, cuja experiência o levou a criar este poster icónico, haveria de imortalizar este e outros momentos em livros como As Paredes da Revolução, Diário de uma Revolução e O 25 de Abril Visto Pelas Crianças, onde pode encontrar-se Diogo Bandeira Freire, o menino da Revolução, hoje com 53 anos.

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Menino do cravo filho do dono do cinema Quarteto

Pedro Bandeira Freire, pai de Diogo, o menino do cravo na G3, encenou a imagem com o amigo Sérgio Guimarães para o poster ícone do 25 de Abril

Diogo Bandeira Freire é filho de Pedro Bandeira Freire, falecido em abril de 2008, e que, em ’74, era o poeta e cineasta proprietário dos cinemas Quarteto. Homenageado em 2006 pelo então Presidente Aníbal Cavaco Silva, durante as comemorações do 10 de Junho, em Serralves, no Porto, Diogo revelava ter ido estudar para Inglaterra, onde ainda vivia e onde era director financeiro de uma empresa de distribuição. Apaixonou-se por uma inglesa e têm um filho. Em 2001, terminado o curso, o menino do cravo na G3 quis regressar a Portugal. Não arranjou emprego. Regressou a Inglaterra. Nunca votou, nem cá, nem lá. Admite, porém, sentir-se envergonhado por nunca tê-lo feito.

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