Miguel Milhão. Fundador da Prozis responde aos críticos: “Não gosto destes filhos da p***”
Miguel Milhão, fundador da Prozis, responde às pessoas que o criticam por se ter manifestado a favor da lei anti-aborto norte-americana.
Foi no podcast Conversas do Karalho que Miguel Milhão, fundador da Prozis reagiu à polémica do momento. “Parece que os bebés que ainda não nasceram têm os seus direitos de volta nos EUA. A natureza está a recuperar”, publicou o empresário na rede social LinkedIn, revelando-se assim a favor da controversa lei anti-aborto. Algo que deu origem a um mar de críticas e a que várias influencers cancelassem as parcerias com a Prozis.
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Miguel Milhão, fundador da Prozis, manifestou-se a favor da anulação da proteção do direito ao aborto nos EUA. Várias famosas terminaram as colaborações com a marca de suplementos (… continue a ler aqui)
Miguel Milhão revela que partilhou a opinião durante uma “churrascada com amigos e familiares” e que “sabia que o pessoal ia reagir, mas não que seria tão agressivo”. O fundador da marca esteve 43 minutos à conversa naquele que é um formato interno da Prozis e não teve problemas em referir-se aos críticos como “pulhecos de merda”, acrescentando “não gosto destes filhos da p***, desta canzoada toda”.
“Não gosto destes filhos da p***, desta canzoada toda”
Depois, explicou a sua opinião. “O que eu quis dizer é que, efetivamente, os bebés que ainda não nasceram estão a ganhar direitos. Não estou a falar das mulheres”, assegurando que a sua posição contra o aborto “nem religiosa é, é ética”. “A vida começa na união de um espermatozóide e de um óvulo”, argumenta. “A natureza é um sistema e não tem lógica em nenhum sistema haver a destruição da espécie”, prossegue. “Matar um embrião ou matar um feto é a mesma coisa que matar uma criança ou um adulto”, defende. “Matar bebés é a pior coisa que há”, “é o mesmo que assassinar uma pessoa”, atira. “Não consigo ultrapassar a ideia de que [o aborto] é roubar todas as experiências futuras a uma criatura que é um ser humano”, continua. Assegurando que “preferia comer terra do que mudar de ideias”.
“Não preciso de Portugal e não preciso da Prozis”
O empresário mostrou-se também indiferente às críticas oriundas do nosso País. “Não preciso de Portugal e não preciso da Prozis. Tenho recursos ilimitados. Não me faz espécie”, diz. “A Prozis não precisa de Portugal, é uma empresa internacional. A Prozis será talvez a marca portuguesa mais conhecida fora de Portugal”, atira o empresário. Que fez questão de salientar que a sua opinião não vincula a marca que fundou. “A Prozis não tem ideias. É uma empresa privada que vende produtos e serviços, orientada para o lucro”, explica. Destacando que os valores da marca “têm uma estrutura judaico-cristã”.
“Se é para cancelar alguém, cancelem-me, que eu até pago por essa merda”
Durante a conversa existiram diversos ataques aos críticos. “Se é para cancelar alguém, cancelem-me, que eu até pago por essa merda”, refere. “Eu sou incancelável. É impossível cancelarem-me”, alerta. “Se perdemos dinheiro ou sofrermos por causa disso, é uma fatura que tem de se pagar. Mas nós não vamos ser manipulados nem empurrados por esta mob”, garante. Defendendo que “esta ditadura das ideias é a pior que há”. “Isto não é a Coreia do Norte”, realça. “Começa-se a pensar que as pessoas devem ser todas iguais, todas formatadas. Para mim, isso é o princípio do fim das civilizações”, conclui Miguel Milhão.
Texto: Bruno Seruca; Fotos: DR
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