Ministra da Justiça diz só poder aguardar pelos “resultados” do MP no caso das gémeas

A ministra da Justiça salientou hoje, acerca da investigação ao caso das gémeas luso-brasileiras, não lhe competir “imiscuir-se nos poderes do Ministério Público, pelo que aguarda os “resultados dos procedimentos” do MP.

Ministra da Justiça diz só poder aguardar pelos

“Nós não nos vamos imiscuir nos poderes da Procuradoria-Geral da República (PGR) nesse âmbito. Não devo, não posso, não irei fazê-lo. Naturalmente, a PGR irá prosseguir aquilo que entender ser a sua atuação e nós aguardaremos os resultados desses procedimentos”, afirmou Catarina Sarmento e Castro à saída de uma visita ao hospital psiquiátrico Magalhães Lemos, no Porto, sobre o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital Santa Maria, em Lisboa, com um dos medicamentos mais caros do mundo, alegadamente beneficiando de “cunhas”.

O caso das gémeas foi revelado numa reportagem da TVI, transmitida no início de novembro, segundo a qual duas crianças luso-brasileiras vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, que custou no total cerca de quatro milhões de euros.

Segundo a TVI, havia suspeitas de que isso tivesse acontecido por influência do Presidente da República, que negou qualquer interferência no caso.

Sobre a visita de hoje ao hospital, a ministra da Justiça disse que o governo tudo fez ao longo dos últimos anos para “dotar a justiça dos meios necessários”, quer criando um novo polo do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) em Vila do Conde – a chamada escola de formação de magistrados -, quer melhorando o funcionamento e o tempo de conclusão das perícias do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF).

“Já vimos hoje neste hospital o alargamento da área das perícias, ou seja perícias mais rápidas”, declarou a ministra, observando que “melhores condições” permitem a realização de perícias mais rápidas.

Catarina Sarmento e Castro aproveitou ainda para dizer que “justiça mais rápida” também foi a aposta na Polícia Judiciária (PJ), destacando que hoje há “mais 40% de elementos na área do combate à corrupção da PJ”.

FC (HN/JGO) // JMR

By Impala News / Lusa

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