Ministra da Saúde admite que é preciso garantir menos partos em ambulâncias

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou hoje que é preciso garantir que nasçam menos bebés em ambulâncias, mas afirmou que sempre houve situações semelhantes.

Ministra da Saúde admite que é preciso garantir menos partos em ambulâncias

“O objetivo é que nasçam cada vez menos bebés em ambulâncias, sobretudo através de gravidezes bem vigiadas. Se há uma área onde nos distinguimos nos últimos 45 anos é na área maternoinfantil e por isso o que temos é de conseguir garantir que esses indicadores se mantenham”, disse a ministra no final de uma visita ao Hospital de Santa Cruz, integrado na Unidade Local de Saúde de Lisboa Ocidental.

Questionada sobre os partos em ambulâncias noticiados nos últimos dias e os números que apontam para meia centena no ano passado, Ana Paula Martins referiu que sempre nasceram bebés em ambulâncias e vão continuar a nascer em alguns momentos, porque não é possível evitar em algumas circunstâncias.

“Mas naturalmente que não é de forma alguma o nosso objetivo”, declarou.

Ana Paula Martins reagiu também às críticas do ex-diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, em entrevista à Antena 1, defendendo que o plano de emergência e transformação da saúde não falhou.

“O plano está em desenvolvimento e tem uma grande parte das medidas preconizadas já atingidas”, sublinhou a ministra.

Fernando Araújo defendeu, na entrevista, a demissão de Ana Paula Martins.

“Compreendo que o ex-diretor executivo, que se demitiu e bateu com a porta à direção executiva, por sua vontade, também não tinha um plano, pleno menos não o reconheço”, retorquiu a ministra.

“É surpreendente que o ex-diretor executivo apareça agora a toda a hora, quando não aparecia quando era diretor executivo, mandava sempre alguém por ele. Agora pelos vistos todos os dias dá entrevistas”, expressou a ministra desafiando o atual cabeça de lista do PS pelo circulo do Porto: “Gostava era que ele debatesse com o Dr. Paulo Rangel e não desertasse dos debates, que foi aquilo que fez”.

Sobre o encerramento recorrente de urgências, a ministra admitiu que há uma preocupação com a Península de Setúbal, mas insistiu que há sempre profissionais a trabalhar em urgência hospitalar, mesmo que um determinado serviço esteja sem capacidade de resposta.

A ministra visitou hoje o Hospital de Santa Cruz, pelos 45 anos da unidade e a apresentação de um sistema que permite registar o equipamento usado pelos profissionais, sem que tenham de perder tempo com registos manuais.

AH // ZO

By Impala News / Lusa

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