Ministra da Saúde assume total responsabilidade pelos acontecimentos no INEM

A ministra da Saúde assumiu hoje a responsabilidade pelas consequências dos atrasos no atendimento de chamadas do INEM, comprometendo-se a tomar as medidas necessárias para refundar o instituto.

Ministra da Saúde assume total responsabilidade pelos acontecimentos no INEM

“Não tenham dúvidas de que, enquanto ministra da Saúde, assumo total responsabilidade pelo que correu menos bem e comprometo-me, em nome do Governo, a executar as medidas necessários para a refundação do INEM”, disse Ana Paula Martins.

A ministra, que está a ser ouvida no parlamento no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025, começou a sua intervenção a falar nos últimos acontecimentos no INEM, com os atrasos no atendimento de chamadas provocados pelas greves dos técnicos de emergência pré-hospitalar e da função pública.

A este respeito, assumiu que a reorganização dos serviços de urgência e emergência assume “a maior prioridade” para este Governo e disse estar hoje no parlamento “cara a cara” para “ouvir as propostas, comentários e as motivações” dos deputados para “melhorar o caminho escolhido e determinado pelo programa do Governo”. “Não fujo. Não minto e não me escondo”, disse Ana Paula Martins.

O Ministério Público abriu entretanto inquéritos a factos ocorridos em Bragança e Tondela, respeitantes a mortes possivelmente relacionadas com falhas no socorro do INEM, anunciou a Procuradoria-Geral da República.

“Foi possível apurar a instauração de outros dois inquéritos, mais um respeitante a factos ocorridos na comarca de Bragança e outro relacionado com factos de Tondela, os quais se encontram em investigação”, adiantou a PGR.

Um homem de 84 anos morreu em 8 de novembro depois de ter ficado uma semana nos Cuidados Intensivos do Hospital de Bragança, em coma, depois de engasgar-se num almoço com familiares no Mogadouro, em 2 de novembro. Segundo os jornais, a chamada para o 112 durou 50 minutos, sem resposta.

Em 2 de novembro uma mulher de 94 anos em paragem cardíaca morreu na freguesia de Molelos, Tondela (Viseu), após um familiar ligar para a linha 112 às 09:34 e a chamada ser transferida para o CODU cerca de 45 minutos depois. Ainda foi transportada para o centro hospitalar de Lamego, onde foi declarado o óbito.

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