O mistério de Rosiney, que desapareceu há dois meses sem deixar rasto

Caso tem ganho várias versões

O mistério de Rosiney, que desapareceu há dois meses sem deixar rasto

O sonho era chegar a Portugal e mudar de vida. Rosiney Trindade de Oliveira, de 31 anos, oriunda do estado do Paraná, no sul do Brasil, como tantos outros brasileiros, assim o fez. Chegou a Portugal a 1 de outubro, com visto de turista e ficou na Moita. Aí, terá ficado hospedada numa casa, onde tomava conta de uma idosa, quando o sobrinho tinha de sair, mas não era um trabalho que lhe garantisse sustento, avança o JN.

Continuou à procura de melhore condições e encontrou trabalho em Condeixa-a-Nova, no restaurante Restinova. Negociou com os donos e estes terão ido buscá-la a Lisboa. Ficou alojada num anexo junto ao restaurante.

O caso começa a complicar aqui, uma vez que já existem várias versões.

Ao DN, Renato Duarte, marido de Larissa Fabiana – quem fez a participação do desaparecimento em Portugal a 20 de dezembro  – afirma que no restaurante alegam que Rosy chegou embriagada e foi de seguida dispensada, apesar de a terem deixado ficar no alojamento até ter outro lugar para pernoitar. Segundo a mesma fonte no restaurante, não aceitou, tendo contactado alguém e mais tarde saído do alojamento, cerca das três da manhã do dia 13 de novembro, deixando as malas para trás.

No entanto, ao Observador, o dono do restaurante, José Correia, afirma que tudo correu bem de 16 de outubro a 13 de novembro, altura em que a despediu por esta ter problemas com álcool.

«Foi avisada várias vezes, mas continuou», conta o homem, reiterando que esta se foi embora de livre e espontânea vontade e que o próprio se dirigiu ao posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Condeixa-a-Nova para participar o desaparecimento.

Contudo,  fonte do Comando Territorial de Coimbra da GNR confirmou ao Observador que foi feita não uma participação do desaparecimento, mas uma queixa de furto, embora não revele quem foi o autor da participação. José Correia garantiu ao Observador que não foi ele o autor dessa participação de furto.

A família alega que Rosy – como é tratada pela família e amigos – não bebe.  «Peço que nos ajudam a encontrá-la, que ela é uma mulher muito querida, muito trabalhadora. Nunca foi de andar bebendo, aprontando. É muito querida. Peço para vocês nos ajudarem a encontrá-la», disse a irmã, num vídeo de apelo publicado nas redes sociais.

Está desaparecida desde 14 de novembro de 2018, altura em que deixou de comunicar com a família do Brasil.

 

Pai acredita que tenha sido sequestrada

«Acredito que deu algum problema. Pode ter sido sequestrada para prostituição, para tráfico de órgãos. A gente como pessoa leiga não entende o que acontece, mas prestamos todas as informações [para polícia] e até agora nada», disse o pai ao G1.

A CMTV filmou as malas que Rosiney deixou para trás com roupa e bebidas alcoólicas e filmou testemunhos de colegas de trabalho que reiteram a tese de alcoolismo, mas o pai acredita num cenário montado. «Só a mala é dela. Os remédios ela não tomava nenhum, não tem nada a ver, as bebidas não fecha, porque ela não toma bebida quente. Aquele corpete que aparece lá… A menina tem 50 quilos. Aquilo lá é de uma mulher de 70 quilos», disse Manoel.

 

Esta segunda-feira, várias pessoas manifestaram-se junto ao Consulado-Geral do Brasil, no Porto, contra a falta de respostas por parte das autoridades portuguesas. O caso já está entregue à Polícia Judiciária.

 

 

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