Momento “delicado” para Europa e “especial” para Portugal, diz comissária Elisa Ferreira

A comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, considerou hoje que a Europa vive “um momento delicado cheio de oportunidades” e, para Portugal, trata-se também de “um momento especial”, com acesso a “fundos históricos”.

Momento

Este “é um momento é um momento delicado, cheio de oportunidades, porque percebemos agora, mais do que nunca, o que é que significam aquelas palavras” sobre paz “que todos repetíamos, mas que alguns, sobretudo os jovens”, consideravam ser “um dado adquirido na Europa”, afirmou. “Agora percebemos o quanto os ucranianos desejam aceder a este espaço”, o “espaço da democracia” que é a Europa, acrescentou Elisa Ferreira, em declarações aos jornalistas, em Évora, após participar na inauguração de um edifício do parque científico e tecnológico local, no âmbito das comemorações do Dia da Europa.

Helena Carreiras afirma que 92% dos inscritos já têm cartão de Antigo Combatente
A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, afirmou hoje que 92% do universo dos inscritos para obter o cartão do Antigo Combatente já o têm, admitindo que houve alguns atrasos na produção que estão a ser monitorizados (… continue a ler aqui)

Segundo a comissária europeia, agora percebem o significado de palavras como paz e democracia, mas, alertou, “a democracia também se vive todos os dias”. “A democracia é que as pessoas, nasçam em que território nasçam, tenham acesso à educação” e “à saúde, para além daqueles bens essenciais e é para isso também que nós trabalhamos”, afirmou. Este é também “um momento para Portugal muito especial”, porque o país “já conseguiu resolver os problemas mais elementares de infraestruturas e, agora, o que se pede é que haja, de facto, construção de valor”, defendeu. Elisa Ferreira salientou que é preciso que “as empresas consigam criar a sua própria dinâmica, afirmarem-se com produtos novos, que geram empregos de qualidade, bem pagos”, porque “isso é o desenvolvimento”.

“Temos de trabalhar os elos mais fracos de maneira a que eles se fortaleçam”

“Um país é tão forte, ou a Europa é tão forte, quanto for o seu elo mais fraco e, portanto, temos de trabalhar os elos mais fracos de maneira a que eles se fortaleçam e que possam dar a contribuição que lhes é devida para o projeto comum europeu”, argumentou. Por isso, há também “uma oportunidade para Portugal” e para outros países que, atualmente, têm acesso a “fundos históricos”, como os do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do próximo quadro comunitário 2030. “Não há perdão” se “todos os países que neste momento recebem, não só os seus fundos do PRR, mas também o quadro plurianual, não [os] utilizarem de uma maneira inteligente e estratégica”, avisou.

E os utilizarem “de maneira a resolverem e a terem um país mais resiliente. E um país mais resiliente é um país com muitos polos de desenvolvimento e não um país desequilibrado, porque o desequilibra em si, é uma fragilidade”, vincou. A comissária europeia falava após participar na inauguração do Centro Infante Dom Henrique, o primeiro dos quatro novos edifícios da fase de ampliação do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), em Évora, que envolvem um investimento de cerca de 10 milhões de euros, com apoios comunitários. O Dia da Europa, que se assinala hoje em todos os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), incluindo em Portugal, bem como nos edifícios do Parlamento Europeu, nomeadamente na sede em Estrasburgo (França).

 

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