Morreu o ator norte-americano Hal Holbrook

O ator norte-americano Hal Holbrook, o longevo e reverenciado intérprete do misterioso “Garganta Funda”, no filme “Os Homens do Presidente” (1976), morreu aos 95 anos, noticiou hoje o jornal The New York Times.

Morreu o ator norte-americano Hal Holbrook

O ator norte-americano Hal Holbrook, o longevo e reverenciado intérprete do misterioso “Garganta Funda”, no filme “Os Homens do Presidente” (1976), morreu aos 95 anos, noticiou hoje o jornal The New York Times.

A assistente do ator, Joyce Cohen, disse hoje ao jornal norte-americano que Holbrook morreu no passado dia 23 de janeiro na sua casa em Beverly Hills, na Califórnia.

Do teatro ao cinema e à televisão, Holbrook, nascido em Cleveland, no Estado de Ohio, em 17 de fevereiro de 1925, teve uma carreira extensa e reconhecida, com uma nomeação para o Óscar, prémios Emmy, de televisão, prémios Tony, de teatro, e distinções atribuídas por associações de televisão, de críticos, de realizadores e de atore, os seus pares.

No grande ecrã, e já na última fase da carreira, destacou-se em “O Lado Selvagem” (2007), de Sean Penn, com o qual foi nomeado para o Óscar de Melhor Ator Secundário.

Com 82 anos, na época, foi então o ator mais velho a receber uma nomeação da Academia, que foi então entregue a Javier Bardem pelo seu desempenho em “Este País Não É para Velhos” (2007).

O desempenho mais conhecido de Holbrook, no cinema, foi no entanto o de “Garganta Funda”, na adaptação do livro “Os Homens do Presidente”, dos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, do Washington Post, sobre a investigação do Caso Watergate, que levou à demissão de Richard Nixon, dirigida pelo realizador de Alan J. Pakula.

No filme, Holbrook assumia o papel que veio a saber-se mais tarde ser de um alto responsável do FBI; surgia sempre em sombras, na representação de um parque de estacionamento subterrâneo de Washington, como fonte de Robert Redford (Bob Woodward) e Dustin Hoffman (Carl Bernstein), sobre os meandros da investigação política.

Holbrook trabalhou igualmente sob a direção de Steven Spielberg (“Lincoln”, 2012), Sydney Pollack (“The Cover”, 1993), Oliver Stone (“Wall Street”, 1987), John Carpenter (“The Fog”, 1980), George A. Romero (“Creepshow”, 1982) e Gus Van Sant (“Terra Prometida”, 2012), entre outros cineastas.

Na televisão, o intérprete ganhou cinco prémios Emmy por “The Senator”, “Lincoln”, “Portrait of America” e “Pueblo”, que lhe valeu dois prémios de investigação.

Conhecido como um dos mais clássicos e seguros atores, nos desempenhos de suporte, no cinema e na televisão dos Estados Unidos, Holbrook apareceu na última parte de sua carreira em papéis esporádicos, em séries como “West Wing” (“Homens do Presidente”, na exibição em Portugal), “Os Sopranos” e “Sons of Anarchy”.

O maior triunfo pessoal de Holbrook foi no entanto no palco, com “Mark Twain Tonight!”, um monólogo aclamado sobre o autor de “As Aventuras de Huckleberry Finn”, que o ator escreveu e interpretou durante décadas, com grande popularidade.

Holbrook levou este trabalho para vários palcos dos Estados Unidos e no estrangeiro até que, em 2017, aos 92 anos, decidiu abandoná-lo após mais de 60 anos.

 

 

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