MP abre inquérito para investigar alegados abusos sexuais a Valentina relatados pelo pai
Disse que lhe estaria a tentar arrancar uma confissão sobre alegados abusos sexuais que a menina estaria a sofrer por parte de um “padrinho”.
Sandro admitiu ter agredido a filha, Valentina, que acabaria por morrer no sofá daquela malfadada casa na Atouguia da Baleia. Mas justificou-se. Disse que lhe estaria a tentar arrancar uma confissão sobre alegados abusos sexuais que a menina estaria a sofrer por parte de um “padrinho”.
A PJ não acredita nesta história do pai, mas avança o Expresso que o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra vai abrir um processo autónomo para averiguar se esta versão corresponde à realidade.
Fuga de 2019 vai ser investigada
Já em 2019 Valentina teria dado mostrar de que a casa do pai não era um local onde gostava de estar. Foi encontrada pelas autoridades a deambular na rua, de pijama e chinelos.
Esta fuga de casa do pai vai ser investigada mais a fundo pela PJ, agora à luz do homicídio, avança o mesmo jornal.
Valentina foi dada como desaparecida na quinta-feira de manhã, dia 7, depois de uma denúncia do pai no posto da GNR de Peniche.
As buscas contaram com o envolvimento de “mais de 600 elementos ativos, numa área percorrida de sensivelmente quase 4 mil hectares, palmilhada mais do que uma vez em alguns locais”.
Depois de cerca de três dias de buscas, a PJ de Leiria deteve, no domingo, o pai e a madrasta da vítima, cujo corpo foi encontrado numa mata na Serra D’el Rei, no concelho de Peniche, distrito de Leiria, coberto por arbustos.
Sandro Bernardo está acusado do homicídio qualificado e violência doméstica. Márcia está igualmente acusada de homicídio qualificado. Ambos os arguidos estão ainda acusados do crime de profanação de cadáver. A madrasta da menina foi para a cadeia de Tires, enquanto o pai, depois de estar no anexo da PJ, em Lisboa, e tentar suicídio, está na ala psiquiátrica de Caxias.
Vão ambos fazer quarentena e beneficiar de medidas de proteção.
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