Mulher de Zé do Pipo revela que cantor «não tinha sentimentos e não sentia emoções»
Em entrevista à SIC, Celeste falou sobre o desaparecimento de Zé do Pipo e diz que «a cabeça dele estava completamente vazia».
A mulher de Nuno Batista, mais conhecido por Zé do Pipo, deu uma entrevista à SIC onde abordou o desaparecimento do marido e revelou alguns dos pormenores do caso.
Celeste, casada com Nuno Batista há dezoito anos, e com quem tem dois filhos, revelou que já não tem fé no aparecimento de Zé do Pipo e que esta não foi a primeira vez que o marido passou por um período turbulento a nível psicológico. «Já tinha tido [depressões] em 2016, depois recuperou. Foi também em agosto, este é um mês de depressão e viagens enormes», afirmou a esposa do cantor.
Zé do Pipo tinha procurado ajuda médica
Ao longo da entrevista, Celeste revelou com maior profundidade os ‘fantasmas’ que assolavam o músico. «Em agosto ele decidiu ir ao psiquiatra mas a mediação não estava a fazer efeito. Voltámos lá, na altura ele dizia que não tinha sentimentos e que não sentia emoções. A cabeça dele estava completamente vazia. Os pais dele já tinham tido depressões e a tia também. O médico dizia que era hereditário».
Sobre o dia a dia da família, a mulher de Zé do Pipo revela que o cantor alterou a forma de estar. deixando de ser uma «pessoa alegre e divertida». Nuno Batista apenas mudava de postura quando estava em concertos. «Quando chegava ao palco era como se ligasse o botão de uma máquina», afirma Celeste, adiantando ainda que quem pisava o palco não era o seu marido, mas sim «Zé do Pipo».
Segundo a esposa, Nuno Batista nunca tinha demonstrado querer abandonar o projecto musical.
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Suicídio é possibilidade
A esposa abordou também a teoria de suicídio que se encontra em cima da mesa. Na opinião de Celeste, esta hipótese é vista como muito credível. «Eu não acredito que ele tenha fugido para lado nenhum. Só não tenho a certeza do que aconteceu porque eu não o vi», confidenciou.
No dia anterior ao desaparecimento, a companheira de Nuno Batista questionou o estado de espírito do marido, tendo recebido a resposta que «estava na mesma». Zé do Pipo confidenciou que estava «sem emoções e sem sentimentos».
Abordando o desaparecimento do marido, Celeste conta: «por volta das 14 horas o Nuno levantou-se e disse que ia ao banco e à farmácia. Às 16h30 comecei a achar estranha a demora. Nessa altura liguei para ele mas o telemóvel estava desligado, foi ai que liguei para a GRN de Óbidos».
No dia seguinte, o carro do casal apareceu estacionado perto de uma praia de Peniche. «O carro apareceu no dia seguinte. Eu abri-o e estava lá o telemóvel ligado, tinha sido ligado à meia noite. A essa hora tinha recebido uma mensagem a dizer que o número já estava disponível. Mandei mensagens e voltei a telefonar-lhe mas nunca obtive resposta. Junto com o telefone estavam também a carteira e o casaco», conta.
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Por fim, Celeste abordou as supostas dívidas que o seu cônjuge teria, tendo refutado as mesmas. «Não há verdade nisso», afirmou.
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