Fazer hidroginástica diminui probabilidade de doença cardiovascular

Mulheres entre os 50 e os 75 anos que praticam regularmente hidroginástica têm menor probabilidade de desenvolverem doença cardiovascular e ficam menos dependentes de fármacos anti-hipertensores, concluiu um estudo hoje divulgado.

Fazer hidroginástica diminui probabilidade de doença cardiovascular

Mulheres entre os 50 e os 75 anos que praticam regularmente hidroginástica têm menor probabilidade de desenvolverem doença cardiovascular e ficam menos dependentes de fármacos anti-hipertensores, concluiu um estudo hoje divulgado. O estudo foi desenvolvido pelo docente de Fisiologia Clínica da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra Hélder Santos e será lançado em livro na terça-feira.

Hidroginástica permite diminuir ou adiar o recurso a fármacos

Segundo Hélder Santos, praticar hidroginástica duas a três vezes por semana (em sessões de 60 minutos) contribui para a redução do Índice de Massa Corporal (IMC), da massa gorda, do perímetro da cintura e da “espessura íntima média da carótida” (um dos principais fatores de risco cardiovascular). “A pressão arterial sistólica [pressão máxima] e diastólica [pressão mínima] diminuíram com o exercício físico, o que significa que este tipo de exercício permite diminuir ou adiar o recurso a fármacos anti-hipertensores, prevenindo o desenvolvimento de doença aterosclerótica”, explica o docente.

Durante a investigação “Avaliação de parâmetros vasculares e hemodinâmicos numa população idosa. Efeito do exercício continuado”, que resultou na sua tese de doutoramento, Helder Santos acompanhou, durante um ano, 37 mulheres que frequentaram um programa de hidroginástica enquadrado nas regras do American College of Sports Medicine.

O docente gostaria que os resultados do seu estudo servissem de incentivo para a disponibilização de programas de exercício físico às populações. “A promoção deste tipo de programas, como é exemplo a hidroginástica, deve ser desenvolvida e replicada por entidades locais (municípios), nacionais ou internacionais e deve ser promovida e divulgada para que cada vez mais pessoas possam beneficiar deles”, defende.

No seu entender, a participação de idosos neste tipo de programas ajuda a um “envelhecimento mais saudável”, à redução da mortalidade associada às doenças cardiovasculares e também à redução dos “custos económicos e sociais associados à morbilidade (internamentos, cuidados continuados e fármacos associados ao tratamento e às consequências dos eventos cardio e cerebrovasculares), numa sociedade com crescente população idosa”. No entanto, são também importantes os meios complementares de diagnóstico na prevenção de doenças cardiovasculares e o envolvimento de outros profissionais de saúde, como licenciados em Cardiopneumologia/Fisiologia Clínica, no acompanhamento deste tipo de populações, acrescenta.

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