Museu Nacional do Brasil precisa com urgência de 15 ME para poder terminar obras — diretor
“É necessário que entre ainda este ano uma quantia razoável e uma outra parte até março do ano que vem”, sublinhou à Lusa o diretor do Museu Nacional no Rio de Janeiro, Alexander Kellner, no dia em que a Embaixada de Portugal em Brasília acolhe o lançamento da publicação sobre o Museu, onde o acervo e a longa história são os principais intervenientes.
Esse dinheiro, detalhou o responsável, terá como prioridade a conclusão das obras. No total já foram alocados 260 milhões de reais (mais de 40 milhões de euros) através de recursos de parcerias público-privadas e do apoio de instituições.
Portugal, disse à Lusa o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, “tem participado neste projeto de reconstrução do Museu Nacional, que ardeu em setembro de 2018, desde o início, designadamente fazendo parte do Comité Institucional do projeto Museu Nacional Vivo”, ajudando com apoio financeiro alguns projetos.
Além disso, frisou Alexander Kellner, estão a ser negociados com instituições em Portugal, Egito, Alemanha a doação de acervo.
No caso português, o acervo negociado é “do tempo do Império, do tempo de quando Portugal esteve no Brasil e também acervo de história natural”, disse.
“Estamos conversando com várias instituições para ver a possibilidade de realizar essas doações de acervo expositivas”, sublinhou o diretor da instituição.
Com mais de 200 anos, o Museu Nacional do Rio de Janeiro, o mais antigo e património do Brasil, foi reduzido a escombros no dia 02 de setembro de 2018 num incêndio que destruiu grande parte do acervo de 20 milhões de peças.
O prédio histórico, que inicialmente serviu como palácio imperial do Brasil, abrigava o maior museu de história natural da América Latina e um dos cinco maiores do mundo do género.
A inauguração total do museu está prevista para o primeiro semestre de 2026, altura em que se prevê a conclusão das obras de reconstrução do Palácio Imperial.
A estimativa é que as novas áreas expositivas ocupem um espaço de cerca de 5.500 metros quadrados, divididos em quatro circuitos, para os quais serão necessárias cerca de 10.000 peças.
MIM // EJ
By Impala News / Lusa
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