«Não é o momento de discutir confinamentos totais ou parciais», diz António Costa

O primeiro-ministro António Costa fala em conferência de imprensa após reunião com Conselho de Ministros.

«Não é o momento de discutir confinamentos totais ou parciais», diz António Costa

O primeiro-ministro António Costa fala em conferência de imprensa após reunião com Conselho de Ministros e agradece ao portugueses pelo esforço feito durante este confinamento.

“O Presidente da República acaba de renovar o Estado de Emergência a partir das 00h do próximo dia 15 [de fevereiro]. Desta vez, a tarefa do Governo é bastante simples. Graças ao esforço cívico dos portugueses, o confinamento está a produzir resultados”.

Apesar dos mais recentes números indicarem uma significativa melhoria por comparação com os primeiros dias de janeiro, António Costa alerta que a “situação continua a ser extremamente grave“. Justifica com os dados da tabela do Centro de Europeu de Controlo de Doenças, que define o nível de risco em função do números de casos por 100 mil habitantes a cada 14 dias. Este valor está situado nos 960 por 100 mil e o primeiro-ministro alerta que, apesar de “trajetória descendente, ainda estamos a um nível superior”.

Para além disso, lembrou também que esta gravidade se traduz “num elevadíssimo número de pessoas que continuam internadas e de óbitos diários”, situação que considera “inaceitável“.

“Temos de manter o atual nível de confinamento seguramente para os próximos 15 dias. Devemos assumir realisticamente que o teremos de manter ainda durante o mês de março. Não é o momento de discutir confinamentos totais ou parciais”.

Capacidade de vacinação cai para metade

António Costa destaca ainda que há uma redução significativa do número de vacinas de que teremos dispor neste trimestre face ao que estava programado – estavam previstas 4.4 milhões de doses de vacinas, mas apenas vão chegar 1.98 milhões.

“Isto significa que a nossa capacidade de vacinação neste primeiro trimestre vai ser cerca de metade do que estava previsto nos contratos assinados entre a UE e as farmacêuticas”, adianta. Para além deste percalço, também as novas variantes são risco acrescido e, como tal, o confinamento vai-se manter “pelo menos até ao fim de março“, explica.

Ainda sobre os atrasos na vacinação, esclarece que o Governo não mudou metas de atingir 70% de nível de vacinação no final do verão, mas alerta que para a cumprir é necessário que a produz, “produza na quantidade suficiente e a entregue na quantidade contratada à Comissão Europeia”.

António Costa volta a dizer que “é prematuro” discutir o desconfinamento. “Devemos preparar os portugueses, falando-lhes verdade e dizer que devemos assumir que durante o mês de março seguramente vamos ter de manter um nível de confinamento muito semelhante a este, senão idêntico a este”.

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