OMS volta a exigir que China partilhe dados sobre covid-19 cinco anos após primeiros casos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou hoje a exigir que a China partilhe dados e informações para se compreender como a pandemia da covid-19 começou.

OMS volta a exigir que China partilhe dados sobre covid-19 cinco anos após primeiros casos

Segundo a OMS, que hoje emitiu um comunicado sobre o assunto na véspera do dia em que se assinalam cinco anos sobre a notificação dos primeiros casos no mundo, trata-se de “um imperativo moral e científico” que a China responda ao apelo.

“Sem transparência, partilha e cooperação entre países, o mundo não se pode preparar de maneira adequada para futuras epidemias e pandemias ou preveni-las”, refere a OMS em comunicado, citado pela agência noticiosa AFP.

Os primeiros casos de covid-19 foram notificados em 31 de dezembro de 2019 a partir da China, onde então foram designados como sendo de pneumonia viral.

O coronavírus na sua origem – o SARS-CoV-2 – disseminou-se rapidamente pelo mundo e uma nova doença respiratória foi designada de covid-19, tendo sido oficializada como uma pandemia em 11 de março de 2020.

Em Portugal, os dois primeiros casos de covid-19 foram conhecidos em 02 de março de 2020.

De acordo com as mais recentes estatísticas da OMS, de meados de dezembro, no mundo já morreram mais de sete milhões de pessoas com covid-19 e cerca de 800 milhões ficaram infetadas.

A OMS estima números mais elevados, uma vez que nem todos os países reportaram dados.

No início do corrente mês, numa conferência de imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que, nos dias atuais, o mundo estaria “confrontado com as mesmas fraquezas e vulnerabilidades” se surgisse uma nova pandemia, apesar de ter aprendido “muitas lições dolorosas” e ter adotado “medidas importantes para reforçar as suas defesas contra futuras epidemias e pandemias”.

Um tratado internacional para a prevenção e preparação de futuras pandemias está a ser negociado pelos países-membros da OMS, que espera tê-lo aprovado em maio de 2025.

ER // CMP

By Impala News / Lusa

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