Orquestra Gulbenkian estreia hoje «Off-balance» de Luís Antunes Pena
A peça “Off-balance”, do compositor português Luís Antunes Pena, é escutado hoje, pela primeira vez, em público, interpretada pela Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro Pedro Neves.
A peça “Off-balance”, do compositor português Luís Antunes Pena, é escutado hoje, pela primeira vez, em público, interpretada pela Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro Pedro Neves.
O programa do concerto de hoje da Orquestra Gulbenkian inclui ainda as estreias nacionais das peças “Become Ocean”, do norte-americano John Luther Adams, e “Museu das Coisas Inúteis”, do brasileiro Celso Loureiro Chaves.
O concerto, às 21:30, no grande auditório da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), em Lisboa, realiza-se no âmbito da parceria “SP-LX”, firmada entre a fundação e a Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo (OSESP), que prevê a encomenda de novas obras a compositores portugueses e brasileiros, com estreias alternadas, em cada temporada, entre Lisboa e São Paulo, no Brasil.
“Off-Balance” é uma encomenda da FCG ao compositor Luís Antunes Pena, de 44 anos, que se licenciou em Composic¸a~o na Escola Superior de Mu´sica de Lisboa, com Anto´nio Pinho Vargas, tendo prosseguido os estudos na Folkwang-Hochschule, em Essen, na Alemanha, onde estudou composic¸a~o instrumental com Nicolaus A. Huber e mu´sica eletro´nica com Dirk Reith.
O compositor dedica esta peça “a dois dos mais reconhecidos percussionistas nacionais”, Rui Sul Gomes e Nuno Aroso, que são solistas esta noite, assinala a FCG.
Segundo a FCG, o compositor descreve a sua obra “como um estudo do ‘desequilíbrio’ entre o humano e o mecânico, o digital e o analógico, o abstrato e o empírico ou ainda entre o discurso e a realidade, a opinião e o facto”.
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O concerto para violino “Museu das Coisas Inúteis”, de Celso Loureiro Chaves, peça encomendada pela orquestra brasileira, estreia-se esta noite em salas nacionais, sendo solista o violinista brasileiro Luíz Filíp, atualmente músico da Filarmónica de Berlim.
A peça é descrita por Celso Loureiro Chaves como “‘meditativa’, sendo composta por cinco movimentos ‘que podem ser entendidos como peças autónomas’, mas estas ‘estão ligadas umas às outras por solos de clarinete que são como portas entre as salas de um museu'”, segundo a FCG.
O título da obra inspira-se no ensaio “A utilidade do inútil”, do filósofo italiano Nuccio Ordine, que desenvolve o conceito da utilidade das coisas e dos saberes, desvinculados da ideia de lucro, defendendo que “um museu é um tesouro que a coletividade deve preservar ciosamente, a todo custo”.
A peça “Become Ocean”, de John Luther Adams, dá título ao concerto e é também escutada em estreia nacional
“Become Ocean” estreou-se em junho de 2013, no Benaroya Hall, em Seattle, tendo arrecadado, em 2014, o Prémio Pulitzer de Música e, em 2015, o Grammy para a Melhor Composição de Música Contemporânea.
Segundo comunicado da FCG, o título da obra, com um andamento, foi retirado de um poema que John Cage dedicou ao compositor Lou Harrison, que John Luther Adams considera como mentor.
Hoje, às 20:00, uma hora antes do concerto, na zona de congressos da FCG, o compositor Sérgio Azevedo fala sobre as obras de John Luther Adams e de Luís Antunes Pena.
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