Padrão dos Descobrimentos reabre na sexta-feira após quatro meses para obras
O Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, vai reabrir ao público na sexta-feira, depois de ter estado fechado durante quatro meses para obras de reabilitação, anunciou aquele espaço gerido pela empresa municipal EGEAC.

De acordo com um comunicado divulgado hoje, “os trabalhos tiveram como objetivo melhorar as condições de visita, o acolhimento e a qualidade das instalações disponibilizadas ao público, nomeadamente com a remodelação das instalações sanitárias e sua adaptação para pessoas com mobilidade reduzida”.
Ao mesmo tempo, “foi feita a reabilitação dos tetos acústicos da sala de exposições”.
O Padrão dos Descobrimentos vai estar aberto todos os dias das 10:00 às 19:00.
No dia 11 de dezembro do ano passado, a EGEAC anunciou o encerramento previsto por três meses do Padrão, para uma empreitada de cerca de 150 mil euros.
O processo de classificação do Padrão dos Descobrimentos está aberto desde junho de 2023.
Em fevereiro de 2021, o Fórum Cidadania LX apresentou um requerimento para a classificação do Padrão dos Descobrimentos, o que só veio a ter sequência em junho do ano seguinte quando o Departamento dos Bens Culturais da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) propôs a classificação do edifício, a par da calçada envolvente.
O Padrão dos Descobrimentos estava já incluído na Zona Especial de Proteção (ZEP) do Mosteiro dos Jerónimos e na ZEP do Museu de Arte Popular.
Situado à beira Tejo, o Padrão dos Descobrimentos foi desenhado pelo arquiteto Cottinelli Telmo e pelo escultor Leopoldo de Almeida para ser mostrado na Exposição do Mundo Português, que se realizou em 1940, tendo por objetivo ser “uma construção efémera” e não permanente, pelo que foi demolido em 1943.
“A ideia de reconstruir o padrão esteve presente desde que se inicia a desmontagem dos edifícios da Exposição e se planeia o novo arranjo urbanístico da zona, ideia bem acolhida pelo ministro [das Obras Públicas] Duarte Pacheco e que conta com a resistência de Cottinelli Telmo; o projeto vem a ser esquecido após a morte do ministro [em 1943]”, pode ler-se na entrada sobre o Padrão na página da DGPC.
Em 1960, por ocasião da comemoração dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique, o Padrão dos Descobrimentos foi reconstruído em betão e cantaria de pedra rosal de Leiria, e as esculturas em cantaria de calcário de Sintra.
TDI // SB
By Impala News / Lusa
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