Pais do menino que caiu no poço viram o filho mais velho morrer com enfarte fulminante
Victoria e José, os pais do menino de dois anos preso dentro de um poço, já são apelidados de «família amaldiçoada» em Espanha
Victoria e José já são apelidados de «família amaldiçoada» em Espanha. Os pais de Julen, o menino preso dentro do poço com com mais de 100 metros de profundidade e 25cm de largura desde domingo, vivem momentos de angústia enquanto não sabem o que se passa com o filho de dois anos. Mas esta não é a primeira vez que sofrem com um filho.
Já em 2017, ficaram devastados com a morte do irmão de Julen, um menino de três anos que morreu após um enfarte fulminante. No dia 23 de abril, o menino terá desmaiado na rua, na companhia de um familiar.
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Observado por médicos, nada foi descoberto. 20 dias depois, Oliver viria a morrer durante um passeio com os pais na praia, vítima de um enfarte fulminante.
A junho de 2017, a mãe escrevia no Facebook: «Oliver, amo-te onde quer que estejas. És tudo para mim. Preciso do teu beijo, do teu abraço, da tua companhia, do teu carinho. Tudo o que digo é pouco. Quero fechar os olhos e ver o teu sorriso. Tenho tantas saudades tuas».
A família do menino tinha ido ao monte no passado domingo para preparar uma paella em casa de uns familiares, em Totalán. Foi aí que o menino caiu dentro do poço que segundo a empresa responsável pelo mesmo, estava tapado com uma pedra.
«Eles costumavam aproveitar a curta distância entre El Palo e Totalán (cerca de 20 minutos de carro) para irem para o campo. Lá, os filhos corriam livremente e sentiam-se confortáveis, respirando o ar puro», dizem os vizinhos.
O primo de Julen, com um ano e meio, acompanhava-o, mas não sofreu quaisquer danos.
Os pais do menino estão junto ao centro de operações e desde domingo que estão a receber apoio do Grupo de Intervención Psicológica en Emergencias y Desastres (Giped) do Colégio de Psicólogos da Andaluzia.
No local estão elementos das urgências da Andaluzia, Bombeiros, Protecção Civil e a Equipa de Resgate e Intervenção de Montanha (EREIM) de Álora e Granada. Até ao momento as autoridades concluíram que a melhor forma de resgate é através da realização de um segundo buraco horizontal, para se tentar localizar e retirar a criança.
Dentro do poço já existe uma câmara robotizada com luz própria numa tentativa de se identificar a criança. No entanto, ainda não há sinais do menino.
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