Países do sul da Europa aprovam declaração contra a crise climática
Os países do sul da Europa aprovaram a Declaração de Atenas na qual se comprometem com uma resposta comum à crise climática, que este ano flagelou a região com devastadores incêndios.
Os países do sul da Europa aprovaram a Declaração de Atenas na qual se comprometem com uma resposta comum à crise climática, que este ano flagelou a região com devastadores incêndios.
Na Cimeira dos Países do Sul da Europa participam representantes dos governos da França, Itália, Espanha, Grécia, Chipre, Malta, Croácia, Eslovénia e Portugal, representado na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
O anfitrião da reunião, o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, tinha colocado a crise climática no centro desta cimeira, na qual participam nove países, com a inclusão este ano a nível formal da Croácia e Eslovénia.
Na sua declaração comum, comprometem-se a promover conjuntamente a proteção da biodiversidade, a gestão das florestas e dos ecossistemas marinhos, a prevenção dos desastres ecológicos e a organização da proteção civil.
Nos principais pontos da declaração, reafirma-se o compromisso “na implementação do Acordo de Paris com a coordenação do seu trabalho, para garantir que a próxima conferência das Nações Unidas sobre Alterações climáticas [COP26] resulte numa limitação do aumento da temperatura global em 1,5 graus” e o “combate à degradação e perda de habitats naturais”.
A seis semanas do CPO26, o secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu que um relatório hoje publicado sobre os compromissos nacionais de 191 países “demonstra que o mundo está num caminho catastrófico em direção a +2,7 graus de aquecimento”.
Perante este cenário, a redução da “pegada ambiental, climática e energética de toda a Economia Azul” relacionada com as atividades do mar, em terra e zonas costeiras “através de um turismo sustentável”, para além do aumento do “investimento na gestão florestal para combater a erosão e o “reforço e expansão da cooperação em matéria de proteção civil, prevenção e preparação de toda a região” constituem outros dos objetivos anunciados.
Os nove Estados-membros da UE da orla mediterrânica também se comprometem em “investir os recursos necessários, utilizar os melhores recursos científicos disponíveis e mobilizar as sociedades para planear limpezas florestais e criar contrafogos”, entre outras medidas de combate aos incêndios com recurso também a “ferramentas tecnológicas e da economia digital”.
A “proteção do património cultural e natural do Mediterrâneo”, a “imediata melhoria” do Mecanismo de Proteção civil da UE ou a prioridade na “preservação da biodiversidade em todos os setores políticos”, estão ainda incluídos na declaração aprovada na cimeira.
Nesta oitava cimeira dos países mediterrânicos da União, e ao contrário do que tem sido habitual, também participa a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A cidade de Atenas vai permanecer durante todo o dia sob fortes medidas de segurança que implicaram a alteração dos percursos do metro e autocarros, incluindo nos subúrbios, para além de estarem proibidas todas as manifestações.
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