PAN defende demissão da ministra da Saúde e critica escolha de Álvaro Almeida
O PAN defendeu hoje a demissão da ministra da Saúde na sequência da polémica em torno da direção executiva do SNS e criticou a opção por Álvaro Almeida para suceder a António Gandra D’Almeida.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, defendeu que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, não reúne condições políticas face ao que considerou ser “uma trapalhada” – a acumulação de funções incompatíveis – que levou à demissão de António Gandra D’Almeida, até então diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Sobre se o partido defende a saída de Ana Paula Martins, a porta-voz do PAN respondeu afirmativamente e referiu que essa é uma questão que vem de trás e tem sido levantada pelo partido “desde o primeiro momento” após a saída de Fernando Araújo da direção do SNS, num processo que Sousa Real caracterizou como um “saneamento político”.
Relativamente à escolha de Álvaro Almeida para suceder a Gandra D’Almeida, a líder do PAN disse que esta foi uma opção errada do Governo que “traz um currículo mais económico do que ligado às outras dimensões do SNS” e sublinhou que este cargo não deve ser politizado, mas sim técnico.
“Mudam os Governos e não mudam as políticas e acima de tudo as más práticas, quando deveríamos ter neste momento o valor técnico e a capacidade técnica a prevalecer na direção executiva”, disse numa crítica que estendeu aos anteriores governos socialistas.
A deputada do PAN foi questionada sobre as buscas na casa do deputado do Chega Miguel Arruda por suspeitas de furto de malas dos tapetes nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada, afirmando que a imunidade do deputado deve ser levantada “até para que se possa vir a defender”.
“Há um tempo para tudo, é o tempo da Justiça, é o tempo de ouvirmos na Comissão da Transparência dos Estatutos Deputados o próprio deputado, naquilo que queiram ser os esclarecimentos que queira dar a esta Assembleia da República. Como tal, esse será um caso para ser avaliado evidentemente em sede própria, que é o da Justiça”, acrescentou.
A notícia das buscas foi avançada pelo Público e confirmada à Lusa por fonte policial, que explicou que em causa estão suspeitas de crime de furto qualificado e contra propriedade, tendo Miguel Arruda furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada quando viajava de e para os Açores no início e no final da semana de trabalhos parlamentares.
A PSP indica ainda que o deputado do Chega não foi detido, sendo necessário o levantamento da imunidade parlamentar.
TYRS (CMP) // JPS
By Impala News / Lusa
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