Pedro drogou a filha com ben-u-ron e não a alimentou durante 12 horas
Apesar de a cronologia do último fim de semana com a menina ainda não ter sido feita, as autoridades suspeitam que Lara tenha estado sem comer mais de doze horas, e que, para não se queixar, tenha sido drogada com recurso a ben-u-ron.
Lara, de apenas 2 anos, terá morrido entre as 12 e as 16 horas de segunda-feira, conclui a primeira fase da autópsia à menina estrangulada pela pai. Pedro Henriques, de 39 anos, terá asfixiado a filha com as mãos, havendo ainda a hipótese de o ter feito com recurso a uma peça de roupa. Terá demorado dois ou três minutos a morrer, avança o Correio da Manhã.
Apesar de a cronologia do último fim de semana com a menina ainda não ter sido feita, as autoridades suspeitam que Lara tenha estado sem comer mais de doze horas, e que, para não se queixar, tenha sido drogada com recurso a ben-u-ron.
Para confirmar estas suspeitas, as autoridades vão ainda fazer exames complementares.
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Pedro, que se suicidou após ter cometido os assassínios, desfez-se de bens pessoais e de pertences da filha depois de ter matado a sogra com duas facadas no pescoço e no peito. Nesse momento, Lara ainda estaria viva. O progenitor terá colocado esses bens, incluindo roupa sua e da menina, num contentor do lixo perto da casa de Helena, na Cruz de Pau. Os agentes da PJ também acreditam que Pedro tinha planeado matar a ex-companheira, Sandra, e contava em encontrá-la em casa da sogra naquela trágica manhã. Nos dias antes dos homicídios, o assassino levantou todo o dinheiro que tinha e nunca mais usou o multibanco.
Reconstituição dos crimes
Tudo começou quando o homem foi a casa da ex-companheira deixar alegadamente a menina, na Cruz de Pau. Pedro e a sogra, terão começado a discutir mal o homem chegou à habitação. Nisto, o assassino mata a mãe da ex-namorada à facada. Lara, a única filha do ex-casal, não terá visto a avó a morrer, pois ao que tudo aponta estava a dormir no veículo estacionado à porta do prédio. Às 6h00 desse dia, Pedro tinha ido tomar café à pastelaria Orly, também no Seixal, onde já tinha ameaçado o sogro, Rui.
Após ter matado a mulher de 60 anos, o suspeito pôs-se em fuga com a filha. Neste momento, as autoridades já procuravam Pedro. Por volta das 8h30, o progenitor ligou para o INEM a informar que a filha estava morta dentro de veículo que se encontrava perto do McDonalds de Corroios e avisou que se ia suicidar. Esta quarta-feira foi divulgado que a menina morreu estrangulada e que o seu corpo foi atirado para a bagageira do referido ligeiro.
«[A culpa ] não é minha, não é de ninguém»
Dentro do carro, no tablier, Pedro deixou uma carta. Na mensagem, que sugere que o homicida tenha planeado os crimes, o homem dirige-se à antiga companheira e deixa-lhe um curto recado: «[A culpa ] não é minha, não é de ninguém», avança o Correio da Manhã. Por volta das 10h00, o suspeito é encontrado morto na zona de Castanheira de Pera, em Leiria, perto da casa dos pais. Pedro suicidou-se com uma caçadeira, que se encontrava junto ao seu cadáver.
Das 8h00 até às 10h00, a PJ de Setúbal, terá tentado fazer de tudo para impedir o trágico final deste caso. A Judiciária terá divulgado uma fotografia do homem à GNR e PSP, controlou estradas e portagens. No entanto, nada conseguiu fazer para evitar que três pessoas morressem na passada terça-feira.
Estava marcada, para esse dia, no Tribunal de Família e Menores do Seixal, uma sessão para alterar as responsabilidades parenteais sobre a criança. O homem estava separado da mulher há já algum tempo e já tinha sido referenciado por episódios de violência doméstica, avançam fontes policiais. Ao que tudo aponta, Pedro queria castigar a família da própria filha.
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