O caso de Julen, o menino de dois anos que caiu num poço em Málaga, Espanha, comoveu o mundo. Passados 13 dias desde que o menor caiu num furo de prospecção de água ilegal numa propriedade da família, o menino foi encontrado sem vida.

De acordo com os resultados da autópsia, Julen terá morrido na sequência de «traumatismo cranioencefálico grave». Ou seja, ao que tudo indica, a criança morreu das lesões provocadas pela queda de mais de 100 metros.

No entanto, quando a equipa de resgate conseguiu chegar ao menino, este estava coberto com um tampão de terra compacta. Este facto está a intrigar as autoridades espanholas, que já estão a realizar uma investigação para apurar todas as circunstâncias do caso. O tampão pode-se ter formado pelo acumular de terra que poderá ter-se soltado das paredes do poço quando Julen caiu. Por outro lado, a terra também poderá ter-se amontoado por cima do menor devido às primeiras tentativas falhadas levadas a cabo pelas operações de salvamento.

Para se apurar a verdade, amostras do tampão de terra foram recolhidas pela Guarda Civil, avançou o ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska

Outra questão que terá de ser respondida é sobre a existência do próprio poço. Segundo o jornal El Mundo, o dono da empresa que realizou o furo, António Sanchez, não tinha qualquer autorização ou licença para perfurar aquele buraco. No início das operações de resgate, o responsável disse à Guarda Civil que tapou o poço com pedras e que alguém as tinha tirado. O Serviço de Proteção da Natureza (Seprona) abriu uma investigação para compreender se os movimentos da terra poderiam ter desviado as alegadas pedras que cobriam o furo.

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