Professora que matou o marido com sete marteladas e 79 facadas diz que este a violentava

Inicialmente, e para encobrir o crime que acabara de cometer, a professora inventou uma história de assalto levada a cabo por dois encapuçados.

Margarida Rolo, a professora de 43 anos que matou o marido com com sete marteladas e 79 facadas em agosto passado começou a ser julgada no Tribunal de Santarém.

O julgamento começou esta sexta-feira, 10 de Maio, no Tribunal de Santarém e nesta primeira sessão foi ouvida a arguida que se defendeu afirmando que era violentada pelo marido, também professor.

A mulher diz que não premeditou o homicídio e que agiu num quadro de medo, uma vez que o marido a violava e maltratava física e psicologicamente. A mulher, que nunca apresentou queixa do marido, diz que não o fez por medo e que nunca contou a ninguém por ser uma pessoa reservada.

Segundo a arguida, no momento do crime o marido ter-lhe-à dado uma joelhada, empurrando-a para cima de um sofá no alpendre da vivenda onde residiam, em Chainça, Abrantes.  Margarida diz que perto do sofá estava um martelo e que o usou para se defender. Também em cima da mesa estava uma faca que o marido terá agarrado, mas ela conseguiu tirar-lha.

Inicialmente, e para encobrir o crime que acabara de cometer, a professora inventou uma história de assalto levada a cabo por dois encapuçados. Margarida diz que não tinha intenção de matar o marido, José Duarte, e em tribunal, confrontada pelo juiz António Gaspar, não soube explicar por que tirou a roupa ensanguentada e a lavou.

Segundo o MP, para cometer o crime, a mulher drogou a vítima com calmantes.  Margarida e José estiveram casados 14 anos. Os filhos, de 11 e 14 anos, continuam a viver na mesma casa e estão ao cuidado dos avós.

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