Uma professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, (FMUC) é acusada de xenofobia e de insultar estudantes. “Chamou gorda a uma aluna, à frente da turma, e marcou falta a um colega açoriano, que estava na sala, por considerar que, devido ao sotaque, não falava português”, dizem os queixosos ao Correio da Manhã que, por receio, pediram anonimato. A docente da disciplina de Ginecologia, do 5º ano do curso de Medicina, é também alvo de críticas pelo seu comportamento em relação aos estudantes de Erasmus “pelo simples facto de não falarem bem português”.

Presidente da faculdade diz estar surpreendido

Os mesmos alunos dizem que a professora “marca faltas” e que “os alunos estrangeiros são prejudicados quando se enganam durante a realização de técnicas em contexto de aprendizagem”. Já foi feita uma queixa anónima ao Núcleo de Estudantes de Medicina (NEM). “Estamos a averiguar as acusações reportadas”, garante Maria Loio, presidente do NEM, ao mesmo jornal, acrescentando que “nos anos anteriores não foi formalizada qualquer queixa contra a docente”. O presidente da faculdade em causa, Robalo Cordeiro, diz-se surpreendido com as acusações à professora e revela não ter “conhecimento oficial ou oficioso” sobre estes incidentes. “Tenho de perceber o que está em causa e agir em conformidade, a começar com um processo de averiguações”, explica.

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