Quadros, vestidos, joias da fadista Mísia vão a leilão ‘online’

Vários objetos da fadista Mísia, que morreu em 27 de julho do ano passado, vão a leilão ‘online’, entre o dia 31 de março e 06 de abril, anunciou hoje a leiloeira Renascimento.

Quadros, vestidos, joias da fadista Mísia vão a leilão 'online'

A coleção que será posta à venda inclui objetos como vestidos, joias, plumas, xailes, chapéus, quadros e fotografias da intérprete, algumas inéditas, e a opção pela sua venda em leilão já tinha sido revelada em novembro passado, por um dos seus herdeiros.

Em outubro do ano passado, numa conferência de imprensa, Sebastian Filgueiras, um dos herdeiros da criadora de “Se a Morte me despisse”, disse que o leilão ia ao encontro do desejo de muitos fãs que querem ficar com uma recordação da artista.

Segundo o amigo e um dos três herdeiros de Mísia, o valor conseguido com o leilão “destina-se à construção de um túmulo, uma última pedra à altura da carreira” de Mísia.

As cinzas da fadista encontram-se sepultadas no Cemitério do Alto de S. João, em Lisboa.

As peças a leilão vão estar antecipadamente expostas em Lisboa, nas instalações da leiloeira, na avenida Álvares Cabral, à Estrela.

Além de Sebastian Filgueiras, os outros dois herdeiros são Isaac Barros e Rizério Salgado.

Filgueiras disse que um dos vestidos de cena vai ser doado ao Museu do Fado e dois outros foram já doados ao Museu do Design (MUDE), em Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, Filgueiras afirmou que a peça com o valor de licitação mais elevado, 800 euros, é um vestido de Ana Salazar que a fadista usou num ‘videoclip’ do fado “O Manto da Rainha”,realizado por John Turturro, em 1991, gravado no bairro de Queens, em Nova Iorque.

Entre as peças que vão a leilão, Filgueiras enumerou ainda quadros de Bela Silva e de Ana Perez Quiroga, e joias desenhadas por Valentim Quaresma.

Questionado sobre o projeto do túmulo, Sebastian Filgueiras disse que “está em andamento” e conta com a colaboração da arquiteta Teresa Nunes da Ponte.

A casa onde a fadista viveu, em Lisboa, ao Alto de Santa Catrina, foi adquirida à fadista pela Fundação Kees Eijrond, e tem acolhido residências artísticas.

A diretora executiva da Fundação, Mirna Queiroz, disse, em outubro passado, que o projeto “estava pensado, mas não totalmente pormenorizado” com a fadista, que estabeleceu, há dois anos, contacto com a instituição neerlandesa.

A ideia é abrir a casa a residências artísticas, mas também receber artistas internacionais que passem por Lisboa, explicou Mirna Queiroz, realçando que o objetivo é “manter vivo o legado de Mísia”.

Em outubro passado quando foi apresentado o programa de Residências Artísticas Casa Mísia, a Fundação mostrou interesse em adquirir algumas peças.

A fadista Mísia, que foi considerada inovadora do género musical, morreu aos 69 anos, em Lisboa, em 27 de julho do ano passado.

Susana Maria Alfonso de Aguiar, de seu nome de registo, nasceu no Porto e protagonizou uma carreira de cerca de 34 anos, durante a qual atuou nos mais variados palcos do mundo e recebeu diferentes prémios.

Mísia editou o seu primeiro álbum, homónimo, em 1991.

Os lances para o leilão podem ser feitos a partir do próximo dia 31 na plataforma https://renascimento-sa.liveauctions.pt/Auctions/Online acessível a partir do ‘site’ da leiloeira.

 

NL // MAG

By Impala News / Lusa

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